quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Paris e as Pessoas-I


Podemos ir lá todos os anos: a saudade é sempre grande e é sempre surpreendente o que se encontra de novo. Podemos estar sem lá ir vários anos seguidos: chegar é sempre uma emoção doce, assim como quem regressa a um lugar que é seu. Paris é sempre e simultaneamente uma cidade nova e familiar, igual e renovada em cada visita.
Resolvemos começar pelos corredores da memória, como se fosse um jogo: o chá no Café de Flore enquanto se admirava o perfil elegante da igreja de Saint Germain-des-Prés e a elegância sofisticada das parisienses no Les Deux Magots. Jantar em St. Séverin sem querer saber dos turistas, regresso a pé ao hotel no Quai d'Orsay, deixando fluir as reminiscências.

No segundo dia, já com a companhia do nosso "Amsterdamer", foi a deambulação preguiçosa até às novidades. O Muro da Paz é um monumento cheio de significados, e mais significativo ficou com a passagem intempestiva e determinada de uma família romena. Paz?



O Museu do Quai de Branly é um lugar de descobertas e de surpresas, um vórtice de beleza que nos envolveu e arrebatou. Mesmo que Paris não tivesse mais nada para oferecer, só este museu merece uma visita urgente, demorada, minuciosa.

Dali nos fomos, exaustos, empolgados e com a felicidade calma de quem ainda só está a meio da estadia...
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I love Paris, Ella Fitzgerald

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Brilho especial

Alguém me consegue explicar o que é que Paris tem que não haja aqui na aldeia? É que a Donaminha e o Fazdedono voltaram com um brilhozinho especial no olhar, e eu estou um bocado confuso.
Pode ser que vendo as fotos eu perceba...
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I wish I knew, John Coltrane Quartet

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Solidão

- Estou a ouvir-vos, meninas toupeiras!


- Com este ouvido ainda vos ouço melhor!

-Venham até cá fora brincar comigo! Podemos ser amigos, não podemos?


- Têm medo, dizem elas! Mas eu estou tão sozinho... ainda falta tanto para eles chegarem...
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Can't we be friends, Art Tatum

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Nova Aldeia da Luz



Dentro ou fora do museu, tanto faz: lá dentro, o que foi; cá fora, o que é. A realidade parece apenas o reflexo da perda, e a reaprendizagem dos ritmos continua a ser uma tarefa árdua.
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Nocturno "Reminiscence",Chopin,(MªJoão Pires)