sábado, 26 de março de 2011

Água de beber




Nada mata melhor a sede do que uma água da chuva acabadinha de cair e bebida aqui, à mesa do jardim...
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How deep is the ocean, Miles Davies

domingo, 20 de março de 2011

Primavera





Aqui a casa já chegou. Sentiu-se bem, e diz que vai ficar por três meses. Bem-vinda!
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Spring is here, Bill Evans Trio


terça-feira, 15 de março de 2011

Papagaios de Papel





Leveza, colorido, diversão, sonho, lirismo, beleza, infância, fascínio - isto tudo e a poesia dos papagaios de papel.
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(Museu do Oriente, exposição patente até 10 de Junho)
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It's only a papermoon, Miles Davies

sábado, 12 de março de 2011

Poemas do Tempo Breve


Tão Frágeis
Tão frágeis estes dias,
de pé sobre despojos de batalhas
pensadas no gume dos sentidos.
Dormem as cores no abrigo da boca,
temerosas do vento, desejosas do lume.
Horas fora da lei do tempo dos insectos.
Horas acrescentadas ao tempo dos altares.
É o tempo do vidro.
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(Poemas do Tempo Breve, Licínia Quitério)
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Obrigada, Licínia!
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(Nocturno nº21,F.Chopin(Maria João Pires)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Paris e as Pessoas-II

Ao terceiro dia a chuva fez-nos encurtar um pouco o passeio pelo Marais, mas não nos impediu do encontro com as memórias deste bairro que sabe misturar as mercearias populares com a monumentalidade da Place des Vosges.


Impossível resistir a mais um olhar sobre aquela improvável pirâmide no terreiro do Louvre, a caminho da imponência da Place Vendôme e do luxo que se respira em toda a zona dos grands boulevards.

No entanto, e para não perdermos o sentido da realidade, mesmo junto da Opera o quadro perturbante de uma velha clocharde em que , talvez por pudor, só consegui fotografar o cão chamariz, companheiro fiel e provavelmente único interlocutor.



Acabámos onde tínhamos começado: deambulando ao acaso pelas ruas do Quartier Latin, entrando nas livrarias do Boul'Mich à procura do último Daniel Pennac, pausa para almoço na Place de St André des Arts deliciosamente despida de turistas, e por fim namoro descarado aos bouquinistes, onde ainda há vislumbres de la bohème.

Esta curta mas intensa visita a Paris foi um caminho pelas memórias de quase meio século de convivência com a cidade, sem recusar o que ela nos oferece de novidades - é assim que entendemos as viagens e a vida.
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I love Paris, Ella Fitzgerald