Aninhada no regaço da serra,
qual rebanho friorento, a aldeia, ao longe,
qual rebanho friorento, a aldeia, ao longe,
transmite-me paz, beleza e silêncio.
De perto, desolação, tristeza e abandono.
A distância muda a perspectiva,
a perspectiva muda a compreensão do mundo!
a perspectiva muda a compreensão do mundo!
.
Comme une absence, Anouar Brahem
20 comentários:
Bela posta!
Beijinho
É mesmo : a distância muda a perspectiva,,,
Fica bem
A primeira vez que vi uma foto do Piódão foi através da objectiva de um bom amigo, Gaspar de Jesus, fotógrafo do JN, se bem me lembro na década de sessenta. Não se limitou porém ao enquadramento que haveria de fazer tantos e tantos fotógrafos repetir vezes sem conta a foto do "presépio", as melhores que lhe conheci retratavam essa realidade de que falas e de que maneira ele as "revelava" a preto e branco. Espero que ande por aí de câmara na mão, há imagens a "preto e branco" que estão a voltar, nunca imaginei que ele, ou eu, as voltaríamos a fotografar...
Essa deve ser a perspectiva dos especuladores, mas também a dos que matam a distância e que trocaram os binóculos pela imagem do satélite ou do "drone".
Uma bela imagem, um fundo musical excelente e um texto marcante.
Muito Bom!
Abraço
Como... uma ausência?
Se estimássemos as raízes... oh, como seria alegre uma aldeia, não de turistas, não de emigrantes, mas de gente que SENTE a terra.
Ama a terra como a ti mesmo...
Bjs
E às vezes a mudança na compreensão é também o primeiro passo para uma nova acção. :)
Um abraço.
Como quase todas as aldeias. Há um não-sei-quê que me leva a estes silêncios, onde 'não acontece nada'...
Piódão é uma das nossas aldeias mais bonitas. Vou voltar lá um dia destes.
Cada vez mais, o apelo do regresso às raízes.
As aldeias recuperadas, como representativas do Portugal rural, são autênticos postais para turistas.
Há anos fui a Piódão e fiquei desiludida com as casas tão pintadinhas, tão envernizadas, onde não se vislumbrava gente e que me pareceram meros mostruários.
Ultimamente tenho visitado, com a UPP,algumas aldeias de xisto, típicas, em que se notava já mais vida e menos verniz.
O fundo musical do post, como sempre é muito bom.
Um beijo grande.
Há muito que lá não vou. Quase que o prefiro. Uma aldeia tem que saber a vida pacata, mexida pela natureza na qual as suas gentes são tão naturais como ela.
Nestas aldeias, com os prémios concedidos, alteram-se detalhes que fizeram perder os encantos de outrora. Deixou de ser natural. Esta a apreciação daqueles cuja opinião valoro... por isso ainda não voltei.
Mas é bom recordar, e aqui deixo o meu muito obrigado, querida amiga.
Aquele abraço
A proximidade é por vezes pouco generosa!
Abraço
Sensibil idade!
A aldeia eram nove casas/duas ruas/no meio das ruas um largo. Uma escola, gente, vida.
Começa a ser retrospectiva, silêncio, ausência (excelente a música), talvez bilhete postal ou foto em telemóvel.
Há que sacudir o que se pretende que seja tomado por fatal idade.
Gostei muito do conjunto, Embora duro, magoado.
Parece um postal ilustrado! a ultima vez que visitei essa aldeia, já a encontrei semi-deserta, isto foi há uns anitos, imagino agora...
Bjs
Belíssima foto.
Gd Bj,
GR
há tempos passei por lá e pelas várias aldeias de xisto e foi uma desilusão pela desertificação ; numa delas havia um brasileiro a reparar o carro com a música em altos gritos, vários gatos e um minicafé que não tinha café mas uma bela esplanada.
Restaurante nem vê-lo, estrada horrivel e sem indicações e de facto a perspectiva mudou completamente. No Piodão foi semelhante ...
Já lá não vou há um bom punhado de tempo. A gente conhece-se de antanho, de quando Piodão apenas tinha uma mercearia e turismo era coisa que só havia para lá do Açor ou da Estrela. Um dia vieram os 'malucos dos rallys', o Markku Alén e a Michèle Mouton, os Audi e os Lancia...
E, aos poucos, estragaram Piodão. Deram-lhe... modernidade.
abraço.
Que forma poética de colocar Einstein!
Um lugar onde a lição é o simples de cada dia.
Abração.
Pois, a perspectiva é uma criatura indispensável, por isso e talvez também por isso, nenhum quadro da existência é definitivo.
é isso, justine: uma espécie de ausência.
belo post.
abraço
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