domingo, 22 de dezembro de 2013

BOAS FESTAS...


...e até para o ano! Ano novo?
 
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Comme une absence, Anouar Brahem 


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Sombra




Às vezes é apenas uma sombra,
brincando de gato bravo,
ao pôr-do-sol, nos píncaros do jardim.
Depois regressa a casa, sem pressa,
e volta a ser um membro da família!

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My funny Valentine, Gerry Mulligan with chet Baker

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Pequeno romance


Não feches a porta, disse ela docemente
ao vê-lo sair. Sabendo,  contudo, 
 que ele nunca mais voltaria...
 
(PpP)

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Romance from Eine kleine Nachtmusik, Mozart,
Berlliner Philharmonie(Karajan)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quase, quase...


Se tivesse esticado bem o braço,
quase lhe teria tocado...
tal como aquele sonho que, vezes sem conta,
estamos quase, quase a realizar,
e que, vezes sem conta, temos de adiar...
 
 
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Someday my prince will come, Miles Davis + John Coltrane

sábado, 16 de novembro de 2013

Retorno



 




 
Volta-se sempre ao mesmo lugar.
Dentro e fora de nós.
À procura de sonhos não realizados,
de promessas não cumpridas,
de momentos de quase felicidade.
Volta-se sempre. Inutilmente?
 
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Come rain or come shine, Bill Evans Trio
 




segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Aforismo


No circo da vida há, por vezes, 
momentos de beleza e de luz!

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Come rain or come shine, Bill Evans Trio

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ah se eu soubesse...



 
Se eu soubesse escrever, escreveria sobre o olhar do meu gato.
Sobre a imensidão do olhar do meu gato.
Sobre as profundezas do olhar do meu gato.
Sobre a luz do olhar do meu gato, que às vezes é calorosa,
outras vezes distante,
 muitas vezes insolente, com frequência irónica, 
e sempre, sempre livre!
Se eu soubesse, tentaria perceber o significado primordial 
do olhar do meu gato.
Mas não sei.
 E o olhar do meu gato permanecerá, inevitavelmente,
 um mistério exaltante.
 
 
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My funny Valentine, Gerry Mulligan with Chet Baker
 


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Es pino!



 

 

 
  


 
É cidade simples e fácil, com uma teia de ruas paralelas e perpendiculares (irmanando  nesse aspecto com Havana e Nova York, pois claro!); tem o mar como seu polo e cerne, tanto na arte xávega como no turismo, duas das principais actividades económicas; já foi cidade industrial importante, de que hoje apenas restam vestígios. 
 
 
 
 Orgulha-se ainda de possuir estruturas culturais invejáveis, e uma arquitectura do século passado digna de apreço - a mercearia da Rua 19, só ela (bom, juntemos-lhe também a feira das 2ªs...) justifica uma visita prolongada à cidade...
Tudo isto, envolvido pela ternura e generosidade dos amigos que nos abriram os braços e a sua terra, fez desta visita uma estadia inesquecível.

 

E ao mar, rico e perfumado, se volta sempre. Dizem que por causa dele a cidade tem o nome que tem: dois náufragos galegos, salvos de morte certa por se terem agarrado a um tronco de árvore, já na praia discutiam que árvore era aquela que  lhes salvara a vida - es castaño, dizia um, enquanto o outro afirmava, convicto - es pino! Es pino!
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F. Chopin, waltz for piano no.7(V.Ashkenazy)


domingo, 20 de outubro de 2013

Equilíbrios



 
Vivem lado a lado com os pescadores. Fazem parte da vida deles.
 
 
Esperam-nos na praia e, tal como as suas famílias,
 ficam nervosas à aproximação dos barcos.
 
 
Depois da faina por ali ficam, saciadas, tranquilas e familiares.
 
 
É bela esta coexistência.
 
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Come rain or come shine, Bill Evans Trio 


 

domingo, 13 de outubro de 2013

Serenidades


Manhã cedo o parque veste-se de névoas leitosas,
 que transformam o ambiente numa espécie de realidade intocável.
 A beleza e a paz envolvente transmitem-me uma serenidade desconhecida, inquietante, quase dolorosa.
Fico quieta, a ouvir o silêncio, até que algum pássaro ou voz humana me desperte…
 
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 Sonate Op13, Beethoven
 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sementeira falhada

 Não grites comigo, DonaMinha! Semeaste aqui coentros?
Eu sabia lá! A terra estava tão apetitosa !
 
 Não te preocupes! Eu dou aqui um jeito e fica tudo como antes!
 
 Até deito fora as folhas secas, os caracóis e estas bolinhas,
  que não sei para que servem!

 Pensando melhor, os caracóis é melhor comê-los,
sempre se aproveita alguma coisa!
 
 As bolinhas são as sementes? Eu não podia adivinhar!
 Então põem-se cá dentro...as que eu conseguir apanhar!
 
 Agora é só acamar um pouquinho a terra e esperar!
Fiz um bom trabalho, não fiz?

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My funny Valentine, Gerry Mulligan with Chet Baker




sábado, 28 de setembro de 2013

Todos os dias


Hoje é dia de reflexão.
Amanhã, dia de dever cívico.
E todos os dias, dias de percorrer os caminhos 
da ética e da justiça,
 os mais duros, mas os únicos!
 
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 Nocturne for piano no.21, F. Chopin(Maria João Pires)


domingo, 22 de setembro de 2013

Eugénio, sempre



CERCO
 
O corpo começa a consentir,
ceder, abrir fendas
com as chuvas altas,
a mostrar, quase exibir
velhas raízes, rugas, mágoas,
a secura próxima dos galhos;
o corpo, sim, ele que foi afável
e crédulo e solar - tão
indiferente agora às matinais
e despenteadas vozes:
distante e tão cercado
de apagadas águas.
 
(Rente ao Dizer, Eugénio de Andrade)
 
 
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E la nave va, Anouar Brahem
 
 

 


domingo, 15 de setembro de 2013

Breves, como os dias luminosos - IV



Estão todas, nestes dias inquietantes, a tocar a mesma música!

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Comme une absence, Anouar Brahem

domingo, 8 de setembro de 2013

Breves, como os dias luminosos - III



Procurando, sabe-se lá entre que pedras,
 o sustento diário!

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Comme une absence, Anouar Brahem


domingo, 1 de setembro de 2013

Breves, como os dias luminosos - II



Qual delas abrirá a porta que deixe entrar
 o sentido ético?
 E a decência? E a honra?
 

 
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Comme une absence, Anouar Brahen
 


domingo, 25 de agosto de 2013

Breves, como os dias luminosos - I

 
Não passa, mas ajuda a compreender!
 
 

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Comme une absence, Anouar Brahem
 
 


domingo, 18 de agosto de 2013

A Quase Perfeição, nas Capelas Imperfeitas



Cenário sumptuoso. Música depurada.
União de belezas em momento quase perfeito!
 
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Bela senão sem, OZM, solistas JP Esteves da Silva, JL Rego
 



domingo, 11 de agosto de 2013

É demais...

 
Ai DonaMinha, estou derreado de tanto calor!
Se ao menos pudesse despir-me...
 
 
 
 

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Solar, Miles Davies


domingo, 4 de agosto de 2013

A Sala Imperfeita do MUDE

 


 
Desta vez a visita foi ao 3º andar, onde está patente uma exposição sobre o mundo rural. Exposição minimalista, apenas com alguns objectos básicos do trabalho agrícola.
 Do resto, do principal, falam os sulcos do tempo nos rostos  que cobrem as paredes.
 
A surpresa foi a sala: intencionalmente inacabada, opção estética controversa.
 Uma sala imperfeita, de uma beleza surpreendente e onde tudo pode acontecer!
 
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Passin' it around, Coleman Hawkins
 
 

 
 
 
 

domingo, 28 de julho de 2013

Multidões


Tanta gente no meu pátio! E conversam e riem
e fazem tanto barulho que me assusta!
Estarão zangados com o FazdeDono e com a DonaMinha?
Mas eles disseram-me que iam receber amigos...
não percebo nada!

 
Estou com sede, tenho fome, mas com aquela multidão como arranjar coragem para ir até lá?
Bom, terei que ficar aqui de longe a observar a festa e esperar que eles abandonem o meu território...
ao menos que não demorem!
 
 
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(clicar na foto para me verem!) 
(Fotos de autoria de G.R., minha fã)
 
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My Funny Valentine, Gerry Mulligan Quartet + Chet Baker