![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Fe51VwVqETu24T83z0NMl3kSoW1yMUuoz2V_tifI8s2r5cYfNtPYRyFfZcnasqSfGWtngbw0tWzlh928x1arCxX16kqt5nfzuwOBj9n9dBBy-6Gy60YF9XQQBn7KEvq3SmGItQa_64ed/s200/Cerveira+075.jpg)
Vidro Côncavo
Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia.
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.
.
(António Gedeão, Movimento Perpétuo)
.
Vivaldi, violin concerto op.3/6