Epígrafe De palavras não sei. Apenas tento desvendar o seu lento movimento quando passam ao longo do que invento como pre-feitos blocos de cimento. De palavras não sei. Apenas quero retomar-lhes o peso a consistência e com elas erguer a fogo e ferro um palácio de força e resistência. De palavras não sei. Por isso canto em cada uma apenas outro tanto do que sinto por dentro quando as digo. Palavra que me lavra. Alfaia escrava. De mim próprio matéria bruta e brava ----expressão da multidão que está comigo. (J. C. Ary dos Santos) |
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Os símbolos e a vontade
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Guardador de ...papéis
Está bem, dono, fica descansado. Eu guardo-te os papéis até tu voltares, não deixo ninguém mexer, nem ela...
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domingo, 20 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Faz-de-conta(paráfrase muito imperfeita)
Dona minha, anda, vamos brincar um bocadinho! Espera, vou entrar no reino do faz-de-conta
Agora eu era um lince e estava emboscado numa caverna (os linces emboscam-se em cavernas? Ah, não tem importância, pró caso...)
Eu enfrentava as maiores e mais perigosas feras da selva, incluindo cobras e lagartos...
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domingo, 13 de abril de 2008
Exteriores toledanos-Partida
Retrato de cidade
A cidade surge-nos ao longe, imenso e plácido mar de ruelas emaranhadas em tons ocre e volumetria homogénea, amortecida à distância pela leve neblina que sobe do rio, a essa hora azul por espelhar sem constrangimentos o céu transparente e doce.
O distanciamento porém ilude-nos. A cidade, à medida que nos aproximamos, revela um labiríntico sobe-e-desce de ruas, esquinas, passagens, praças e becos, tecido arquitectónico de traça medieval erodido pelo tempo. A quebrar a mansidão da planície urbana sobressai, majestosa e vigilante, a torre alta da catedral, farol místico que derrama sobre a cidade a insinuação de uma religiosidade ecléctica. Porque esta função já terá sido desempenhada, em tempos outros, por minaretes e cúpulas sefarditas.
Fusão de trevas e luz, berço antigo de diversas e divergentes culturas, a cidade convida-nos a comungar da esperança de que a tolerância pode ser um sentimento ecuménico.
E ao sairmos, fica no ar, perfumado de jasmim, o sinal de uma promessa de paz. Que nós guardamos como possível, apesar dos homens, levianos, nos apregoarem tempestade.
A cidade surge-nos ao longe, imenso e plácido mar de ruelas emaranhadas em tons ocre e volumetria homogénea, amortecida à distância pela leve neblina que sobe do rio, a essa hora azul por espelhar sem constrangimentos o céu transparente e doce.
O distanciamento porém ilude-nos. A cidade, à medida que nos aproximamos, revela um labiríntico sobe-e-desce de ruas, esquinas, passagens, praças e becos, tecido arquitectónico de traça medieval erodido pelo tempo. A quebrar a mansidão da planície urbana sobressai, majestosa e vigilante, a torre alta da catedral, farol místico que derrama sobre a cidade a insinuação de uma religiosidade ecléctica. Porque esta função já terá sido desempenhada, em tempos outros, por minaretes e cúpulas sefarditas.
Fusão de trevas e luz, berço antigo de diversas e divergentes culturas, a cidade convida-nos a comungar da esperança de que a tolerância pode ser um sentimento ecuménico.
E ao sairmos, fica no ar, perfumado de jasmim, o sinal de uma promessa de paz. Que nós guardamos como possível, apesar dos homens, levianos, nos apregoarem tempestade.
Cidade : território de emoções, avassalador e terno.
terça-feira, 8 de abril de 2008
sábado, 5 de abril de 2008
Estou farto!
Outra vez fotografias de Toledo? Mas quando é que isso acaba? Prometeste que hoje era eu...
Ainda por cima não estavam lá as telas todas do Greco, para quê continuar a falar da cidade?
Não quero ver mais fotos dessas! Fecho os olhos e só os abro quando puseres uma foto minha
E amuo, e faço greve de ronrons, e não há marradinhas para ninguém durante um mês inteiro!
O quê, nem sequer posso ir espairecer para cima da minha macieira preferida? A árvore está vestidinha de renda e eu posso estragar? Então ...
...vou ficar assim, zangado e em greve de mimos, até fazeres um post só com fotos minhas.
Estou farto!
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quarta-feira, 2 de abril de 2008
As Olaias de Toledo
Também chamada árvore do amor (porque as suas folhas têm a forma de um coração), ou árvore de Judas (porque parece que Judas se enforcou numa desta árvores), as olaias espalham pela cidade pinceladas rosa primaveril.
Mas para contrabalançar o tom poético da informação, para os espíritos científicos e para repôr a verdade , a árvore chama-se de facto cercis siliquastrum... Belíssima!
terça-feira, 1 de abril de 2008
Toledo, a tri-cultural
A cidade abre-nos as portas e convida-nos a peregrinar pelo intricado desenho das ruelas medievais, ensinando-nos em cada esquina ocre a história da sua tolerância cultural, através das fachadas das diversas sinagogas, mesquitas e igrejas, que permanecem há séculos lado a lado, indiferentes ao desvario dos homens.
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