sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Vietname, as gentes e os lugares - VII
As arquitecturas falam-me da história, da cultura, do povo e das circunstâncias.
Passeio pelo Delta do Mekong e aí todas as casas são palafitas. Visito a cidade-museu de Hoi An e as ruas ostentam orgulhosas fachadas em madeira, velhas do século XVIII, mas como se o tempo não tivesse passado por elas. Os pavilhões de lazer dos antigos imperadores, os pagodes e os edifícios das Cidades Proibidas contam-nos os tempos de privilégios e de distanciamento.
E hoje, nas cidades, adivinha-se a presença francesa do século passado nos belos e decadentes prédios coloniais, e as antigas construções coabitam placidamente com os incaracterísticos edifícios modernos, que contudo devem ser sempre construídos em altura, para que os seus inquilidos se aproximem o mais possível do céu...
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Vietname, as gentes e os lugares - VI
Transportam-nos invariavelmente para outros tempos, ou para tempos sem tempo. Há uma eternidade latente no silêncio dos parques, nas árvores seculares, nas flores dispostas com arte e delicadeza, nos bonsais dignos.
Por aqui passeamos como se viajássemos por paisagens oníricas. Aqui são-nos possíveis todas as deambulações pelo mundo e o sonho e a serenidade.
Saímos destes locais em estado de graça.
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Chamada de atenção
Donaminha, Donaminha, tu não achas que já chega de reportagem? Já pensaste que estás a abusar da paciência dos teus amigos?
Claro, eles dizem que estão a gostar muito, mas é gente educada, não vai agora dizer-te que está a ficar cansada das Tuas férias!
Ah, são só mais dois ou três temas...e achas pouco!
Faz o que quiseres (eu sei que fazes sempre o que queres, tal como eu), mas eu cá aconselhava-te a parar, até porque o Fazdedono também está a reportar, e com artigos de fundo!
É de adormecer...
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Bill Evans, What is there to say?
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Mounty
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Vietname, as gentes e os lugares - V
Da frescura dos ingredientes falam os mercados, onde o peixe e as aves só se vendem vivos.
Os pratos são confeccionados com delicadeza e arte, e acabamos por comer mais com os olhos que com a barriga!
Usei e abusei da sempre presente Phô, sopa que se come ao pequeno-almoço, ao almoço, ao chá e ao jantar, nos restaurantes de rua e nos hoteis mais sofisticados.
Mas o mais longe que a minha ousadia me levou foi a provar carne de crocodilo...
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Vietname, as gentes e os lugares - IV
Comércio
Outro pilar da vida económica vietnamita - as trocas comerciais.
Vende-se e compra-se de tudo em todo o lado: no cais ou no meio dos rios, num vão de escada, nos bazares e nos mercados, nos passeios e até de mercadoria aos ombros. As ofertas são imensas, as tentações irresistíveis...
Num vaivém contínuo, colorido e abundante, as trocas fazem-se com calma, bonomia e profissionalismo.
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Vietname, as gentes e os lugares - III
O ambiente de trabalho é sempre a água.
Na Baía de Halong ou no delta do Mekong, pesca-se com redes artesanais produzidas pela família e remendadas todos os dias, ao fim da faina.
Nos campos de arroz trabalha-se com água até ao joelho, às vezes até à cintura, em união estreita com os elementos. Os instrumentos de trabalho são precários e primitivos, e só o búfalo aligeira a dura tarefa do cultivo do arroz.
Homem/Mulher-água-terra: trângulo fértil, de que depende o sustento do país.
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Vietname, as gentes e os lugares- II
Parecem-me quase todos jovens. Gente entre a adolencência e a idade madura. Às crianças, vi-as à saída das escolas e a visitar museus, em bandos ruidosos iguais em todo o mundo. Velhos, vi poucos. Alguns, soube que cuidam dos netos e que cozinham para a família que vive na casa comum.
Mas as multidões que vejo nas ruas são de jovens. E todos eles freneticamente activos, sem contudo perderem o ar sereno de quem está bem com a vida. De quem já fez frente a coisas bem mais duras que a dureza do quotidiano.
Fazem de tudo: pescam, vendem, transportam, cozinham, compram, divertem-se, descansam, rezam.
Esta gente fervilha. Sempre tranquilamente.
Tantas perguntas que ficam por fazer, lamentando a incapacidade de comunicar nesta língua desconhecida.
Restam os sorrisos, que trocamos generosamente.
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