domingo, 31 de março de 2013

O terrível incómodo das teias de aranha

 
 A Donaminha acha-as muito belas,
mas eu detesto teias de aranha!

 

Colam-se-me ao pelo, e depois é um caso sério livrar-me delas

 
Sobretudo quando nos enchem a cabeça!
 E quando é a cabeça dos outros?
 Pior ainda...
 
 
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My funny Valentine, Gerry Mulligan Quartet with Chet Baker
 


quinta-feira, 21 de março de 2013

A certeza dos ciclos



Aí está ela. Teimosamente pontual.
Contra ventos e marés,
contra frio, contra chuva.
Aí está ela, frágil, luminosa, precária. Eterna. 
 A dar-nos sinais.
A provar-nos a certeza dos ciclos. Teimosamente.
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Spring is here, Bill Evans Trio

sexta-feira, 15 de março de 2013

O peso dos anos

 
 
 
Mas que terá acontecido a estas árvores,
que cada vez é mais difícil subi-las?
 
 
E manter o equilíbrio cá em cima faz-me tonturas...
 
 
E agora para descer? Ainda vai ser pior...
 
 
Ah Donaminha, olha para mim esmagado sob o peso dos anos!
 

Até me sinto envergonhado...
 por favor ajuda-me a descer e não digas nada ao FazdeDono!
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My Funny Valentine, Chet Baker



sábado, 9 de março de 2013

Evidência

 
O mundo está de pernas para o ar?
Ou a afogar-se?
Ou tudo não passa de uma ilusão de óptica?
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Evidence, Thelinious Monk Quartet
 
 


domingo, 3 de março de 2013

Na Luz a Prumo


Se as mãos pudessem (as tuas,
as minhas) rasgar o nevoeiro,
entrar na luz a prumo.
Se a voz viesse. Não uma qualquer:
a tua, e na manhã voasse.
E de júbilo cantasse.
Com as tuas mãos, e as minhas,
pudesse entrar no azul, qualquer
azul: o do mar,
o do céu, o da rasteirinha canção
de água corrente. E com elas subisse.
(A ave, as mãos, a voz.)
E fossem chama. Quase.
 
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(in Os Sulcos da Sede, Eugénio de Andrade)
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Nocturno p.piano Nr.21, B108, F.Chopin (MªJoão Pires)