O caminho que nos coube percorrer é tortuoso, nada melhor que um poeta para nos ajudar a percorrê-lo:
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.
(Provérbios y Cantares XXIX, in Campos de
Castilla, Antonio Machado)
.
Caminito del indio, Atahulpa Yupanqui
6 comentários:
Grande poema dum dos grandes. Camoinhos que nos marcam.
As terras lá do alto do Douro acomparam o seu bem escrever.
Abraço de vida.
Todos os caminhos têm espinhos mas alguns são mais espinhosos que outros!
Belo poema, bela canção!
Abraço
A propósito do poema, a mim ajuda-me utilizar uma língua diferente da minha em momentos difíceis, porque e quando eles são indizíveis na minha própria língua. Assim fica no ar uma espécie de consolo à espera que o aceitemos ou com ele nos identifiquemos.
Os difíceis caminhos de vidas difíceis. Mas resistem. É muito bonita esta paisagem agreste. E contudo... um caminho se vislumbra.
B
Ando a ouvir o Atahualpa depois de muitos anos. Gosto de todas mas desta. já só os mais velhos sabem o som do eixo de um carro de bois pela montanha
Porque no engraso los ejes
Me llaman abandona'o
Si a mi me gusta que suenen
¿Pa'qué los quiero engrasaos?
E demasiao aburrido
Seguir y seguir la huella
Demasiao largo el camino
Sin nada que me entretenga
No necesito silencio
Yo no tengo en qué pensar
Tenía, pero hace tiempo
ahura ya no pienso mas
Los ejes de mi carreta
nunca los voy a engrasar
Comprei o livro muito bem encadernado do Machado. Foi numa feira do livro no pavilhão de um armazém tipo Grandela que se instalou cá. É um livro pequeno a encadernação vermelha. Por vezes vou ao livro respirar Machado.
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