Ao terceiro dia a chuva fez-nos encurtar um pouco o passeio pelo Marais, mas não nos impediu do encontro com as memórias deste bairro que sabe misturar as mercearias populares com a monumentalidade da Place des Vosges.
Impossível resistir a mais um olhar sobre aquela improvável pirâmide no terreiro do Louvre, a caminho da imponência da Place Vendôme e do luxo que se respira em toda a zona dos grands boulevards.
No entanto, e para não perdermos o sentido da realidade, mesmo junto da Opera o quadro perturbante de uma velha clocharde em que , talvez por pudor, só consegui fotografar o cão chamariz, companheiro fiel e provavelmente único interlocutor.
Acabámos onde tínhamos começado: deambulando ao acaso pelas ruas do Quartier Latin, entrando nas livrarias do Boul'Mich à procura do último Daniel Pennac, pausa para almoço na Place de St André des Arts deliciosamente despida de turistas, e por fim namoro descarado aos bouquinistes, onde ainda há vislumbres de la bohème.
Esta curta mas intensa visita a Paris foi um caminho pelas memórias de quase meio século de convivência com a cidade, sem recusar o que ela nos oferece de novidades - é assim que entendemos as viagens e a vida.
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I love Paris, Ella Fitzgerald
29 comentários:
Que belas fotos, quantas saudades...
Obrigado pelo passeio por esses "trotoires" que só uma "conaîsseuse" pode proporcionar.
Moi aussi, j´adore Paris!
As imagens foram seleccionadas com a sensibilidade habitual!
Bisous
Pois... é assim que entendemos. As viagens. A vida. Nos.
É assim!
Assim seja. Ou amen...
Revejo-me-nos.
Já estive duas vezes em Paris.
Gostei imenso.
Voltava lá amanhã.
Uma cidade extraordinária.
Bjs, Justine
Estas imagens e reportagem dão para matar saudades. O ano passado no Natal e ano novo andei por Paris que só conhecia de Verão, no dia da passagem do ano, subi com milhares de pessoas quase em atropelo,os Champs-Elysées a caminho da Tour Eiffel, sensação única!!
E pronto Paris é assim...apetece-nos sempre...
Beijinhos
...E todas as tardes da cidade única.
Abraço
Deslumbrante!
Obrigada pela partilha.
beijocassss
vovómaria
Paris é inesgotável para quem a visita e, por isso, é preciso voltar lá mais vezes...
Bela reportagem.
Beijos, querida amiga.
Um Paris universal, que deixa marcas indeléveis, irrefutáveis: deslumbrante!...
Fiquei fascinado para sempre, quero voltar, estou enamorado! Avivaste a chama...
Boas tomas do inolvidável.
Um grande abraço, querida amiga
I love Paris n'As Quatro Estações...
notei o teu interesse pela clochard e sobretudo pelo cão , tão bem tratado até tapadinho com a manta!
(os do meu vizinho que tem uma bela casa e come bem (?) ficam ao relento toda a noite e dia , nem sempre comem por desleixo ou maldade e manta ...nem vê-la...
para Paris ia já a seguir, mesmo sem o petit déjeuner
Tenho andado um pouco adoentada. Portanto só me ocorre dizer- música perfeitamente adequada à descrição.
Um beijo grande.
Uma viagem desta com a companhia certa. Mon Dieu!
"Je vous parle d'un temps
que les moins de vingt-ans
ne peuvent pas connaître..."
É sempre
um berço, recomeço.
Ainda bem.
Com gato sorridente, claro, tipo french-Garfield.
Bjs da bettips
as saudades que estas tuas magnificas imagens me dao
Obrigada :)
Bjinhos
Paula
Também é assim que entendo as viagens. Entre a cumplicidade e a partilha. E como eu gosto de Paris...
"I love Paris"... Nem imaginas como estes teus dois posts me comovem. Ai as memórias dos lugares queridos onde (se se for capaz de voltar), nos falta alguém.
Continuação de partilha que deixa omeu coração quebrado...
Quando poderei ir????
Place des Voges e Marais do meu coração..
Beijinho "from" Coimbra
Ana
Bom entendimento, esse...
(tenho que voltar lá...)
Um beijo.
Gostei muito de todo o teu post, até porque me remete para momentos pessoais particulamente prazerosos. O forma como concluis é particularmente feliz, quanto a mim: o elogio à permanência e familiaridade, sem recusar o prazer do inesperado, da novidade.
Um abraço e um excelente Domingo!
E esse é também o encanto: apreciar o que é novo sem perder a capacidade de deslumbre perante o que nos é familiar.
Abraço grande!
Belos passeios nessa romântica cidade, belas fotos
bjs
Sabe sempre bem uma escapadinha por Paris...
Rever... reviver.
Grata por partilhares o teu "olhar".
Abraço apertadinho
Cuidado
por cá vai tomar posse
o coiso
a grande saudade que este post me trouxe.
a última vez que lá estive tinha os meus trinta anitos. ficava sempre na rue St André des Arts, no pequeno Eugenie Hotel que não sei se ainda existe.
foram tempos, para mim, especiais...
OLÁ AMIGA
Será por isso que eu também entendo assim as viagens e a vida?
Vivo a vida da forma que sei.
Tento sempre TRANSFORMAR A VIDA
NUM MAR DE PÉTALAS! Faço por isso, mesmo contra ventos e marés...
No passado dia 6 de Março de 2011 realizou-se mais uma Actividade d'A Natureza ensina!
Conhecer a Mata da Machada!
Durante toda a manhã visitámos a Mata Nacional da Machada.
"Designa-se hoje Mata Nacional da Machada, a propriedade constituída pelo antigo Pinhal de Vale de Zebro e pela Quinta da Machada.
A Quinta da Machada pertencia ao “Convento de Nossa Senhora da Luz da Ordem de Cristo”, porém quando foram extintas as Ordens Religiosas em 1834 foi adquirida por um particular, sendo mais tarde aforada ao Estado que a anexou ao Pinhal de Vale de Zebro.
Encontra-se situada no centro da Península de Setúbal, entre as povoações de Coina, Palhais e Santo António da Charneca.
Sujeita a Regime Florestal esta Mata encontra-se hoje, sob a gestão da Direcção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste e ocupa uma área com cerca de 385,7 hectares.
Sendo a única área florestal de razoável dimensão do Concelho, a Mata é considerada o “Pulmão da Cidade” e um local privilegiado para actividades de recreio e lazer, dispõe de um parque de merendas e diversos fontanários, para além de um Centro de Educação Ambiental e de uma rede de estradas e caminhos frequentemente utilizados para práticas desportivas, permitindo à população uma melhor qualidade de vida."
ainda bem que as chorudas reformas pagas pelo povo, dão para tanto viajar. é só "coltura".
pena é que a da maioria dos portugueses mal dá para a sopa.
Ao ver estas fotos, lembrei-me o quanto também tenho saudades de lá voltar.
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