sábado, 12 de março de 2011

Poemas do Tempo Breve


Tão Frágeis
Tão frágeis estes dias,
de pé sobre despojos de batalhas
pensadas no gume dos sentidos.
Dormem as cores no abrigo da boca,
temerosas do vento, desejosas do lume.
Horas fora da lei do tempo dos insectos.
Horas acrescentadas ao tempo dos altares.
É o tempo do vidro.
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(Poemas do Tempo Breve, Licínia Quitério)
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Obrigada, Licínia!
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(Nocturno nº21,F.Chopin(Maria João Pires)

20 comentários:

Lilá(s) disse...

Tão lindo!
Bjs

Maria disse...

O que mais me emociona na poesia da Licínia é a extrema sensibilidade que tem ali mesmo, a crescer da ponta dos dedos...

Sensualidades disse...

Fantastico, vou procurar o livro

Ok ok no post de amanha vai haver um homem:))

Bjinhos
Paula

greentea disse...

que dias realmente tão frágeis, tão absurdos, tão cheios de dor , feitos de precariedade ....

Humana disse...

tempo breve, que a Poesia eterniza. a tarde de ontem, de Festa certamente terá sido.

e a ti, justine, parabéns pela sensibilidade na escolha do poema.

abraço da Humana, marradinhas da bicharada do "pequeno jardim"

Há.dias.assim disse...

Frágeis e belos poemas...

Sara disse...

Belíssima escolha, Justine. As palavras de Licínia Quitério são tão clarividentes quão belas.
Obrigada!

Graciete Rietsch disse...

Obrigada, Justine pelos belos momentos que me fazes viver.
O nosso tempo é realmente um tempo de vidro, mas o vidro também se tempera tal como "foi temperado o aço".

Um beijo com uma sentida homenagem à tua sensibilidade.

mfc disse...

Que imagem(foto) mais bonita!
... e uma óptima legenda para o poema!

Fernando Samuel disse...

Há dias assim...

Um beijo.

Sensualidades disse...

Promessa cumprida :))

Bjinhos
Paula

mariam [Maria Martins] disse...

Justine, é lindo! O lançamento foi
muito bom e gostei muito de te rever!

beijinhos:)
mariam

Anónimo disse...

Que belo!

Também vou procurar o livro.

Anónimo disse...

Esqueci-me de dizer que sou a autora do comentário das 11.14.

Campaniça

Sensualidades disse...

:p nao tens de agradecer

So la nao poncho Mais, porque com as fotos que la ponho e com as que tento fazer, quero passar um sentimento, uma emocao do momento, e para isso identifico-me Mais com o corpo femenino do que com o masculino

Bjinhos
Paula

Zé-Viajante disse...

Licinia, Chopin, Maria João Pires, Justine.
QUARTETO DE LUXO!

jrd disse...

Belíssimo poema.
Abraço

Duarte disse...

Como um sopro,
A fragilidade do vidro!

Maria João Pires
Sensibilidade
Ternura
Soa diferente!

Um grande abraço para TI

Mel de Carvalho disse...

Justine, leio a Licínia há anos e, em cada leitura me acrescenta. Belíssima a sua poesia e, belo, quão belo, o seu gesto de a trazer aqui.
Um enorme e saudoso abraço

Mel

Pedro M. Martínez disse...

É o tempo do vidro.
Bello poema