domingo, 12 de junho de 2011

Efemeridades

Como guardar o perfume da primeira açucena a florir no jardim?
Como reter o olhar do meu gato quando se enrosca no meu colo?
Como voltar a ouvir o som do vento selvagem numa tarde de mar da minha juventude?
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É tão breve a eternidade "das pequeninas coisas"!
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(vou ali acima e já volto. Boa semana!)
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Nocturno op.32 nr.9, Il lamento e la consolazione, F. Chopin(Maria João Pires)

32 comentários:

Maria disse...

Breve será a eternidade. Mas fica sempre o cheiro, o olhar e o mar da tua juventude na memória das 'pequenas coisas' (para mim grandes!)

Até amanhã. Espera-nos um robalo na terça-feira.

:)))

jrd disse...

Aquelas pequenas coisas que nos deixam um tempo de flores.
Boa semana.

mfc disse...

O serem efémeras ainda as torna mais desejáveis!

Fernando Samuel disse...

«O que é efémero é sempre belo»...

Um beijo.

Na efémera idade disse...

Nas nossas efémeras idades, temos aprendida a lição do poeta que tanto gostava de whisky e da boa-vida:
tornar eternas enquanto durem as "pequenas coisas" - o perfume da primeira açucena, o olhar do meu gato enroscado ao colo, o som do vento selvagem numa tarde da juventude... -, e também as "grandes coisas" tão breves e eternas como essas falsamente pequenas. O amor e a luta.

Belo (e estimulante) "post".

trepadeira disse...

Não fora a memória e de que serviria a vida?
Vivemos sobretudo com o que guardamos no espírito.

Um abraço,
mário

Post scriptum:
As mãos e a música que me levaram e levam a Belgais.

tulipa disse...

Olá, boa tarde
Gosto muito desta frase; mas eu escreveria de outra forma:
É tão breve a eternidade "das pequenas/grandes coisas"!
Podem ser pequenas no tempo que duram, mas enormes naquilo que significam.
Concordo plenamente!

Obrigado pela partilha.

ASSOCIA ARTES é uma exposição
de Artes Plásticas
decorre de 11 de Junho
a 4 de Setembro de 2011
no Solar dos Zagallos
(Sala dos Arcos
e Sala das Colunas) em Almada.
Participam cinco associações de artistas/arte/culturais do distrito de Setúbal.
Inaugurou, ontem,
dia 11 de Junho às 17.00 horas.
Vai estar aberta até 4 de Setembro,
Quarta a Sábado
das 10h-12h e 14h às 17h30.

Graça Sampaio disse...

Poder captar esses momentos tão belos, tão nossos, já é, por si só, uma enorme felicidade.

Adoro açucenas - eram as flores da minha avo. E, como já sabe, ADORO gatos!

Beijos

Mel de Carvalho disse...

Justine,
a vida (e a amiga sabe) faz-se da efemeridade dos detalhes. O resto, o megalómano, aquilo que atulha a vida de nadas, não vale o brilho de um olhar do nosso felino (fiel) amigo, sequer o alvo melancólico de uma açucena plantada e tomada por nossas mãos.

Beijo com carinho
Mel

Graciete Rietsch disse...

Este post faz-me lembrar o carteiro de Pablo Neruda a gravar os sons da Natureza para enviar ao seu poeta!!!!
Tão lindas as fotografias , tão belas as frases e tão fantástica a moldura musical!!!!

Um beijo.

AFRICA EM POESIA disse...

Só vim deixar...

um beijinho

AFRICA EM POESIA disse...

Só vim deixar...

um beijinho

João Roque disse...

As grandes coisas não existem; são apenas formadas por uma grande quantidade de "pequenas coisas".

Zé-Viajante disse...

Vais ali acima e já voltas.
Retemperada.
O perfume da açucena ainda perdura. Está guardado na memória.
O Mounty irá olhar para ti do mesmo modo.Ou mais terno ainda.
O som do vento selvagem nunca desaparece.Fica connosco até que o queiramos e saibamos ouvir.
Boa semana. Ali acima.

Anónimo disse...

Felizmente inventaram a fotografia.
Assim, a partilha é possível. Obrigada.
Campaniça

Benó disse...

Tudo passa com o tempo, menos as lembranças, sabes disso.Ainda temos a capacidade de recordar e, como é bom fazê-lo. Mas, creio que, presentemente,ainda podes desfrutar dessas mesmas realidades sem ser preciso ir ao baú das recordações, por isso, vivamos cada momento intensamente. Perfuma-te com as flores, enche-te de vento e mergulha no olhar do felino.
Um abraço, Justine.

greentea disse...

ficam guardados na memória para todo o sempre ...

anamar disse...

Todo um tempo que não volta para trás...
Há que apurar permanentemente os sentidos....

Beijinho

Pitanga Doce disse...

Pequenas coisas que fazem a diferença! Que estão lá, sempre que fechamos os olhos e deixamos o "filme" vir.

Boa semana "lá em cima".

bettips disse...

O tempo das belezas volta sempre. A nossa memória, selectiva do bom e belo, faz-nos o presente de as reter. As fotos e os amigos também o sentem.
Bjinho
bom robalo, bom descanso

Anónimo disse...

É tão breve, que por vezes não lhes damos a devida importância e depois... já é tarde!

Sara disse...

Felizmente, várias destas coisas pequenas são efémeras, mas retornam. São efemeridades recorrentes, cíclicas, o que nos pode sugerir alguma ideia de continuidade :)
Boa semana!

Clarice disse...

Serão sempre essas pequenas coisas que traduzirão nossa passagem como vida.
Há alguns perfumes que me trazem tardes de sol de minha adolescência, fotografias com som de risos de meu filho, músicas que me devolvem a infância, gatos que me dão um nó na garganta, de pura saudade dos que não posso mais ter ao colo.
Lindo teu post. Nos dá o direito a alguns momentos de pura nostalgia.
Abraço.

Anónimo disse...

Belo.
Bjs

Mar Arável disse...

Vagarosos

instantes

Lilá(s) disse...

Como eu gostava de ter resposta...
Adoro o olhar meloso desse ronrom!
Bjs

R. disse...

Paradoxalmente breve e eterna, a par da fugacidade do momento e da persistência das memórias (como o quadro do Dalí).
Um abraço embalado pela maravilha que é Chopin!

AFRICA EM POESIA disse...

Justine
Pois... com fotos podes mesmo guardar os...MOMENTOS


DEIXO...

será inaugurada a Exposição de Acrílico/Azulejaria/Aguarela
De Lili Laranjo e Eliseu Serrano, no dia 17 de Junho, pelas 21h, no Centro Cultural de Esgueira Aveiro.

Dia 2 Julho vou estar às 17 horas em Braga na livraria centésima página com telas Africanas
QUERIA TER LÁ... MUITOS AMIGOS..

Heduardo Kiesse disse...

como voltar a esse encontro inesperado numa estação qualquer da idade?


beijos muitos

Duarte disse...

Mas são essas "pequeninas coisas" que acabam por dar sentido à nossa existência.

Abraço-te com a ternura que me inspiram as tuas palavras

hfm disse...

As grandes e eternas pequenas coisas!

Anónimo disse...

Mas uma eternidade que nos enche...