segunda-feira, 8 de abril de 2013

Tempo de poesia




Árvores Nuas
 
Quando as mãos carinhosas de outro sol
seu corpo agreste enfeitem novamente,
que será já dos ventos que as despiram?
 
Pobres ventos sem alma que as despiram!
 
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(in Cabo da Boa Esperança, Sebastião da Gama)
.
 
 
Nocturno Op.9 no.2, F. Chopin (Maria João Pires)
 
 



13 comentários:

jrd disse...

Nessa altura já vai longe o Outono, por esses olivais adentro.

Mar Arável disse...

Quem somos nós

para julgar o vento?

greentea disse...

OS VENTOS DEVERIAM VARRER TUUUUUUUUUUUDO !!

Graciete Rietsch disse...

E pobres de nós que vamos sendo cada vez mais destruídos pela tempestade que sobre nós desaba.
Valha-nos a beleza destes teus post.

Um beijo.

São disse...

Que doce encontrar a sensibilidade de Sebastião nestes moemtos tão duros....

Abraço grato, também pelo fundo musical.

Luis Filipe Gomes disse...

A impermanência das árvores e a transitoriedade dos ventos.

lino disse...

Curto e belo! A propósito, nasceu faz amanhã 89 anos.
Beijinho

João Roque disse...

A dualidade perfeita: Sebastião da gama ao som de Chopin...com a incursão sempre agradecida da "nossa" Maroa João Pires.

OUTONO disse...

...fabuloso momento de partilha, onde as leituras são sempre desejo de acalmia e fascínio.

Curioso, no meu último " desenho " no meu cantinho de pretextos...também ensaiei um espaço, onde ouso traçar uma nudez.

Abraço amiga...muito grato, por este "encontro" aqui.

Pitanga Doce disse...

Os ventos foram despir outras árvores longe dali. Aqui, por exemplo.

beijos, Justine.

Pitanga Doce disse...

Me demorei mais um pouquinho para ouvir o Noturno de Chopin até ao fim.

Duarte disse...

Braços em busca de luz,

ramagens que se contorcem
douradas pelo sol intenso,

dum caloroso estio.

Plácidas no reencontro, 

duma prolongada noite.


Con un gran abrazo, querida amiga.

Anónimo disse...

Fico-me pela foto que, de tão bonita, dispensa palavras.