Versos de Inverno
Outra vez o abutre, o abutre
da tristeza, cai-nos em cima,
crava as garras, rasga,
retalha: - Oh irmão
do deserto, breve
oásis de sol
neste inverno: não há terra
de promissão
fora do corpo; ou da palavra.
(Rente ao Dizer, Eugénio de Andrade)
.
Sur l'infini bleu, Anouar Brahem
6 comentários:
É um poema apologético e cosmogónico. No final só fica a palavra. Tal como no principio é o "Verbo".
Muito lindo!!
Beijinho.
Eugénio SEMPRE
Bj
... mas também sabe tão bem o aconchego da casa (quem a tem...) e uns raios de sol vindos de um céu limpo de nuvens ou rompendo-as...
Não nos devemos queixar, porque de facto,
o tempo esteve muito bom.
O poema é um protesto maravilhoso...
Abraço.
~~~
Também opino igual.
Gosto de quase tudo o que fez este grande criador.
Besos, amiga mía.
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