sexta-feira, 15 de maio de 2009

Abraço de Morabeza II - Tarrafal, Ilha de Santiago

Especial referência ao Campo de Concentração do Tarrafal, também chamado Campo de Morte Lenta. Local onde morreram 32 homens de Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e Portugal, vítimas de doenças, maus tratos e fome, encarcerados pela ditadura portuguesa apenas porque lutavam por uma vida digna e livre nos seus países. A visita, por mais vezes que se faça, é sempre muito perturbante.






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Contudo, Tarrafal não é só o velho Campo. É também uma plácida vila, com uma das mais belas praias da Ilha de Santiago.
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Bau, Raquel

31 comentários:

Teresa Durães disse...

a praia é linda. mas visitar uma prisão...

Maria disse...

Se as fotografias e o que lemos já perturbam, imagino ao vivo...

Rosa dos Ventos disse...

Cabo-Verde está na minha lista de espera! :-))
Por enquanto vou-o saboreando através de ti!

Abraço

BlueVelvet disse...

As fotografias estão lindas e ficam como documento.
É sempre bom lembrar.
Beijinhos

João Roque disse...

Duas faces de uma mesma moeda...
Embora com tristeza por tudo o que ali se passou, acho impossível não visitar a antiga prisão...
Já no forte de Peniche, senti o mesmo.
Beijinho.

utopia das palavras disse...

A nossa memória está ali bem gravada... um arrepio o Tarrafal!!

De resto...a praia é linda!

Um beijo

Sofá Amarelo disse...

E no fundo ainda foi há tão poucos anos - o império portugês e os eu regime não eram assim tão «suaves» como isso... que nunca se esqueçam estes lugares. Obrigado por os trazeres aqui!

Um beijinho grande e bom fim-de-semana!!!

jorge esteves disse...

Pelo que vejo, o Tempo tem sido lento no seu passar, desde que aí passei há tempos que já nem sei...

abraços!

Violeta disse...

em breve tb devo ir aí - em trabalho..

simplesmenteeu disse...

Nunca será demais, lembrar.
As situações repetem-se, ao longo da história.
Linda a praia. O mar, a areia, o verde...

Um beijo

Sensualidades disse...

adorei as cores nessas fotos

Jokas

Paula

Duarte disse...

Aqui foi donde esteve o amigo do qual te falei, João Campêlo. O livro "Diário da B5" fala das atrocidades, incluída a frigideira, e dele.
Escreveram com suor, e sofrimento, uma triste historia.
Excelente reportagem. Parabéns

Um forte abraço para ti

Fernando Samuel disse...

Por ali passaram 340 resistentes portugueses, somando dois mil anos, onze meses e cinco dias de prisão...


Um beijo.

Juani disse...

AHORA YA SE ALGO MAS DE CABO VERDE, GRACIAS
SALUDITOS

caboverdeanizado disse...

Por ali vivemos. Por ali, agora, viajamos em viagens de "sodadi". Lembrando - e homenageando! - outros que ali foram obrigados a viver. E a morrer, que o campo era o campo da morte lenta.
Ver estas fotos, ler estas legendas, ouvir esta música, é tudo viver de novo. Sem campos de concentração, nem fome, sem mosquitos. Num País sempre em construção. Nem sempre bem, a nosso critério, mas sempre melhor.

Só uma nota: a praia, esta praia!, existia já no tempo do campo. Não tinha era esta gente a passar o 1º de Maio em convívio e lazer. Tinha mosquitos, paludismo endémico, talvez cães palúdicos, e tinha, perto, um campo para onde se mandavam homens para que ali morressem. Homens que lutavam enquanto a morte não chegava. E se 32 morreram, muitos outros - portugueses e, depois, angolanos, caboverdeanos, guineenses - venceram a morte. E a luta.

Obrigado, Justine

Anónimo disse...

Justine, como sempre, a tua sensibilidade e o teu olhar trouxe até nós a memória de tempos duríssimos contra os quais lutámos para que acabassem e lutamos, hoje, para que não se repitam.
A última foto, dessa praia maravilhosa e a música que nos fazem sentir a beleza dessa terra, sâo o melhor contraste com o horror que GENTE MAIOR aí viveu por defender a LIBERDADE para os seus países e povos.
Obrigada Justine

Fá menor disse...

Que a beleza sobressaia sempre da dor!

Bjinhos

Tinta Azul disse...

A viagem continua. E eu também. A segui-la. Atenta e "morna".

beijo

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

morabeza , morabeza !
Um regalo para os olhos , e apesar da foto do Tarrafal me ter trazido á memória estórias de arrepiar na História ...
Como eu tiro partido desta bela música, Justine !
Abraço

________ JRMARTO

samuel disse...

A História, de vez em quando. deve ser servida assim. Numa belíssima bandeja... mas como um par de estalos. Para acordar!

Abreijos.

Nocturna disse...

Muito obrigada, Justine, pelas imagens que quiseste partilhar connosco.
É preciso que algumas pessoas, que hoje andam a «branquear» o salazarismo, saibam que, por respeito pelos que por lá passaram e que morreram ou os conseguiram sobreviver, não podemos NUNCA deixar esquecer. E que haverá sempre alguém a continuar a segurar a bandeira.
Um grande e fraterno abraço
Nocturna

mfc disse...

A memória nunca pode ser negligenciada!

Arábica disse...

Justine,

se na ilha de Gorée, a emoção abriu portas há muito fechadas na memória do tempo, imagino-me a visitar o Tarrafal.

Às vezes é bom não deixar esquecer o quanto o 25 de Abril mudou neste e noutros paralelos.

Obrigada por mais este abraço.

Beijos

Sensualidades disse...

mas tenho vinho do porto queres?


Jokas

Paula

~pi disse...

dance dance dancing

and

being happpY!! :)




beijo





~

mundo azul disse...

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...e tantas são as tristezas desse mundo!

É sempre bom nos conscientizarmos do que acontece "lá fora"...


Beijos de luz e o meu carinho, Justine!!!

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GR disse...

Tarrafal, um nome para nunca mais esquecer.

GR

Lúcia disse...

Perturbadora, sem dúvida, mas não se pode esquecer! Ainda bem que falas nisso.

bettips disse...

Algures e felizmente para o Futuro, há a esperança. De os nossos filhos visitarem e se chocarem, sabendo e aprendendo, com outros campos, com outras notícias que (ainda) hoje fervem...
Escolheste aspectos que(eu)também teria escolhido, amiga!
Bj

MagyMay disse...

É importante tudo, acho eu... o esteticamente belo, os "cantinhos", "curvas" e "contracurvas"...
Fotografas bem, os meus olhos agradam-se...eu comecei agora (mais uma das minhas descobertas, atrasadas no tempo...)

jawaa disse...

Obrigada pela magnífica reportagem que fazes de um lugar que me está no coração.
Nunca cheguei a ir ao Tarrafal e tenho pena. Mas não sei se quero, agora.
Percorrer estes lugares aqui, traz-me lágrimas aos olhos e sinto um frémito no corpo.
Bem hajas, uma vez mais.
Um beijo