Vidro Côncavo
Tenho sofrido poesia
como quem anda no mar.
Um enjoo.
Uma agonia.
Sabor a sal.
Maresia.
Vidro côncavo a boiar.
Dói esta corda vibrante.
A corda que o barco prende
à fria argola do cais.
Se vem onda que a levante
vem logo outra que a distende.
Não tem descanso jamais.
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(António Gedeão, Movimento Perpétuo)
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Vivaldi, violin concerto op.3/6
48 comentários:
Encontrar-te a ti e a Gedeão logo de manhã é um privilégio para quem se sente na margem ou à margem...da vida!
Abraço
Não serão estas dores de quem ama a escrita, todas iguais?
Grande Gedeão e grandes palavras.
Obrigada, Justine...
Para começar o dia, muito bom.
:))
E música (boa) também...
Beijinho.
Não me divido entre a poesia e o mar. Fico com os dois, preciso de ambos para respirar!
Bom dia, Justine!
Rendo-me às palavras de um dos meus poetas favoritos, que me deixa sempre sem fôlego pela simplicidade desconcertante da sua escrita.
Boa memória
poesia sempre
lindissimo
Jokas
Paula
Por enquanto ainda não me dói nada.
Estou anestesiada com tudo de bom que vivi.
beijos em tarde amena
Justine
acho que apanhei a "onda errada" porque nem cheguei a partir.
:)
Enquanto aguardo novas ondas e novos ventos, que o Gedeão me ajude!!
Beijinhos e uma boa semana!
Uma delícia.
Excelente escolha.
Uma maravilha de poema. Música linda escolhida! Muitos beijos.
A poesia, a música e a fotografia,este blog é...SUBLIME.
Parabéns.
Bjs,
GR
Tudo é belo, os versos, os violinos... ritmo e harmonia...
Este poema recordou-me outro, "Canoas do Tejo", que tão magistralmente canta Carlos do Carmo.
Gostei muito de tudo.
Beijinhos de boa amizade
Assustei-me quando o Vivaldi esgrimiu o arco do violino na minha direcção. Foi cá um deste sustos! Afinal vinha só para te dar um beijinho e matar saudades.
Faz bem mergulhar os olhos e os sentidos em tanto mar ao som de Vivaldi!
Lindo!
Beijinho
Este poeta António, teve muitas vezes o condão de me tirar as palavras da boca (salvo seja). "Tenho sofrido poesia", como quem sofre de vida a mais! Beijos e obrigada pela visita.
belíssimo violino...
Lêem-se os primeiros versos e sabe-se logo que é Gedeão: por que será?...
Um beijo.
os movimntos perpétues que nos fazem oscilar
Só António Gedeão podia dissertar assim sobre as ondas do mar..
Amigaminha!
desculpa o comentário ser (quase) sempre o mesmo, mas averdade, é que o bom gosto, pacifíca-me a alma! é o que me acontece, quando aqui entro nesta tua casa, :)...
beijocasssss
vovó Maria
Poesia em azul... do mar que bate na rocha.
...lindíssimo!!!
Encantas sempre Justine
Belíssimo!
E o que eu gosto deste poema, na sua forma de micro cantiga, musicado pelo José Niza?
Abreijo.
... é uma dádiva dos céus (ainda bem azuis!) visitar este "quarteto". O mais exigente visitante não pode querer mais:
- Ouve-se Vivaldi
- Lê-se Gedeão
- ... e salpicam-se os pés na espuma do mar.
Só falta o Mounty a fazer surf...
O mar, o poema, a música. Tentações e também perdições.
Um prazer estar aqui.
Beijo.
Como muito bem diz o título
"Poesia sempre"
Parabéns pelo poema e pelas magníficas palavras
Luis
Poesia e Gedeão fazem parte dos meus encantos...
Bjs
querida Justine
Adoro Gedeão, mas este poema não conhecia.
Obrigada!
Escolheste um excelente poema, de um poeta que admiro.
Da música, nem falo. Gostei imenso.
Querida amiga, bom fim de semana.
Beijos.
Bom dia, Jardineira!
E se a força natural do mar
tende a levar-nos,
temos que acordar em nós
a força do regressar ao cais.
Para voltar a partir.
Beijos e miaus, bom fim de semana!
Eterno movimento - o mar. Belíssimo!
OLÁ JUSTINE
Concordo contigo:
POESIA...SEMPRE.
António Gedeão e Vivaldi uma associação perfeita!!!
Parabéns pela ideia e obrigado pela partilha.
Inscrevi-me num concurso que desafiava os munícipes a participar numa colectânea intitulada “Poetas Nossos Munícipes”, publicada pela Câmara Municipal da Moita.
Esta edição resultou de um desafio lançado pela autarquia, no início do ano, a todos os munícipes com mais de 14 anos com gosto pela poesia, para apresentarem os seus poemas.
A "grande surpresa" foi um dos membros do júri, o escritor Alexandre Castanheira, ter escolhido um dos meus trabalhos para ler ali, publicamente, diante de um auditório com 150 pessoas.
Convido-te a espreitar.
Bom fim de semana.
Beijinhos.
Justine podes ir ao Réstas de Sol ver o post que a Laura fez em cima da músicca do Roberto Carlos, Flando Sério? Ela faz poemas lindos e pede que eu anuncie.
beijos da Pitanga
Gosto muito. Límpido este azul.
... a espuma estimulante branca sobre o azul
deixo-me embalar no vaivém doce da música
o barco de papel funciona por ora
O "movimento perpétuo" nas ondas de poesia...
L.B.
Mas a poesia também pode ser um remédio contra o enjoo.
Olá, gosto muito da pitanguinha e lendo sobre o brilho dela, de certeza que não era brilho de engraxar sapato...imaginei, e imaginar é comigo, assim, que o brilho dela se mantenha para sempre..Obrigada pelo miminho, laura
justine , que gosto vir ao encontro do quarteto e encontrar gedeão , poesia e mar !
abraço
____________ JRMARTo
eu tentei yoga uma vez, nao tenho paciencia hahah
Jokas
Bom fim de semana
Paula
Como diria Gedeão, "todo o tempo é de poesia".
Gedeão cuja antologia bebi nos meus tempos de juventude, sendo este um dos poemas, a par do poema dedicado ao Natal e à Lágrima de Preta, um dos meus favoritos.
Para além disso a música barroca aqui "cai" magnificamente!
Rómulo de Carvalho, e a genuinidade das palavras e das coisas, como os nectares!
Obrigado amiga, B..inho!
Sente-se o vai e vem das ondas neste poema dele.
Um poema que parte do mar para a vida...
o poeta sofre de poesia e eu ando a sofrer de amores. e mais não digo, que ainda estou toda baralhada com as emoções que experimentei na quinta-feira passada.
marradinhas, bela justine.
Gostei de aqui vir e ler do melhor Gedeão.Beijos
PS: fabulosa Justine
Há poemas com movimento. Como este do Grande Gedeão.
Sou Afranio do Amaral, e morro e renasço para seguir fugindo de mim.
Cumprimentos.
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