uma ave renasce da sua morte
e agita as asas de repente;
tremem maduras todas as espigas
como se o próprio dia as inclinasse,
e gravemente, comedidas,
param as fontes a beber-te a face.
.
Eugénio de Andrade, As Mãos e os Frutos
.
Jazz Suite Nº1, Waltz(D.Shostakovich)
35 comentários:
Pégaso disfarçado de burrinho... bommmm acho que olhando bem é um unicornio ;).
Bonita foto e belas letras.
Beijos e bom final de semana.
PD. ESpero que a espera se acabe rápido e antes da primavera já estejas saltitante pelos bosques.
Gosto.
E gostei de lembrar...
*
adorei o post,
,
e no restolho
que fica das desfolhadas
as lembranças cantam ao vento,
o que custa a liberdade !
,
conchinhas coloridas,
,
*
A poesia de Eugénio de Andrade 'cai' sempre bem. Neste final de tarde com chuva e frio sabe bem lê-lo, ouvindo Shostakovich (que hoje anda muito pela net...)
As melhoras do osso :))
Abraço.
É como diz a Maria "Eugénio cai sempre bem". Sou incurável na admiração por este Poeta.
Beijinho.
Poesia que liberta...
Um beijo.
Que espanto! Um post "parente" do que eu vou publicar daqui a pouco, à meia noite e um...
Abreijo.
Eugénio de Andrade! há muito que a sua poesia não em visita...bom fim de semana
Eu também estive tentado a postar hoje um poema de Eugénio de Andrade, de quem muito gosto; acabou por sair a Sophia...
Beijinho.
Lindo!!! Bela manhã de Sábado!
Que Fevereiro passe a voar.
Mas, se calhar já deixaste de acreditar que é o mês mais curto do ano.
Campanica
... de repente e sem que nada o fizesse prever, parou a sua marcha asinina. Era um asno que sabia os seus limites físicos, ao contrário de outros (asnos) que quanto mais asneiras faziam mais certos estavam de que detinham toda a sabedoria deste mundo e do outro.
O verde ficou mais verde, as asas da ave mais aerodinâmicas e o dia mais claro. Era a altura certa. Levantou as orelhas, colocou os óculos de ver ao perto, puxou do jornal e começou a ler uma entrevista
" - Sabe qual é o problema das escutas?
- Não. Sou todo ouvidos."
Deviam estar a gozar, pensou. Dobrou o jornal e continuou o seu caminho.
Que bonito o teu post! Com o "nosso" eugénio, as tuas fotografias e a tua esclha musical... Mas que trio!
:)))
Um burro com porte majestoso!
Um belo poema e uma música para nos embalar neste nesta tarde estupidamente azul a rir-se de mim que estou cada vez mais cinzenta!
Abraço
Que perfeito enquadramento no verde-castanho bateria, em planos inclinados de silêncio e de fontes comedidas...
e um feliz carnaval para ti tambem :) diverte-te mto mto
o meu vai ser diferente, mas um carnaval a mesma hehehe
Beijos e melhoras
Paula
Eugénio de Andrade num fim de semana frio, gosto!
Bjs
Tenho que ler mais Eugénio de Andrade que não conheço bem (mas que reconheço). E chegámos à derradeira semana! :)) A liberdade está chegando por aí! :))
Beijos, Jardineira de papoilas.
O dia de hoje está mesmo para poéticas e outras músicas..,
Espero que estejas quase boa.
BJ
:))
Belo!
A ilustração;
O poema;
A música.
Combinando na perfeição.
Saudações
A poesia... a música... tudo aqui, para eu bailar em pontas!
Continuação de boa recuperação, Justine
Mil abraços
Depois do gato mais blogosférico, candidato-me ao perónio "também isso".
Esta Justine...
o comentário anterior era para ser assinado por
perónio da justine
uma imagem que refresca o olhar...
esse perónio, já está "para as curvas"?
marradinhas da bicharada do "pequeno quintal", um abraço da Humana.
Trilogia perfeita, na composição.
Sei que se o Eugenio o visse ia gostar.
Parabéns... que beleza! :)))
Um chi coração
3 Haiku de Matsuo Bashô, do livro "O gosto solitário do orvalho":
Sensação de vazio
Ao despedir-me colhi
uma espiga de trigo
As cigarras cantam
sem saberem que é a morte
que as escuta
Ervas do estio
Eis o resta
do sonho dos guerreiros
Quanto mais conheço os burros mais gosto dos burros.
Harmonia em excelência...e a ternura!
Beijo
vim deixar-te "360 graus de amor" à poesia!
:-)
beijo imenso...
minha amiga!
Belo e intrigante momento de magia pelo som, pela palavra e pela imagem. Loucura repousante que ser ergue com a solenidade dos momentos amenos afastadas as estouvadices e diabruras das folias carnavalescas.
Gostei de ser conduzido pelas mãos (e pelos frutos) do Eugénio.
(Um ou outro à parte: o animal é um símbolo, ou um desejo simbolizado, da libertação da imobilidade dos membros? E porquê esconder os perónios na imensidão verde da folhagem?)
OBRIGADA pelas tuas visitas! :)
Têm estado dias de frio intenso, mas ontem houve algum sol! Já hoje...
Há muito que o Mounty não aparece aqui no blogue...
Marradinhas com ternura para ele e...para ti!
Esperamos que te encontres melhor!
Lindo!
Sempre uma boa surpresa, entrar aqui.
Espero que estejas melhor.
Um Grande Bj,
GR
Parece um lugar encantado...
J+a est+as para as curvas? Espero que sim!
Beijinho
Adoro Eugénio de Andrade
Idem, idem!
e o leito seco, se faz rio...
abraço do vale
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