segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Chipre: a herança cultural

A riqueza cultural de Chipre é incalculável. Por lá deixaram vestígios das suas artes e das suas vidas, entre outros, gregos e romanos, bizantinos e venezianos, templários e otomanos. Ao longo dos séculos muitos mosteiros e fortalezas foram destruídos, muitas peças de arte foram pilhadas e levadas para fora. Ficaram outras tantas em museus bem organizados e em património arquitectónico cuidado. Para nosso gáudio e confronto com algumas das nossas raízes.

As montanhas de Troodos, no centro da ilha, estão cobertas por florestas de coníferas e por igrejas e mosteiros bizantinos. A exuberância das pinturas e da talha dourada nos mosteiros contrasta com a simplicidade das aldeias de pedra escura. Nalguns mosteiros ainda há monges, noutros só turistas. Nas aldeias, as mulheres continuam a fazer renda, e os homens, vinho.

Nas deambulações pela teia labiríntica das ruas de Nicósia deparámos, ao virar de uma esquina, com um espaço cultural moderno, harmonioso e acolhedor. Foi em tempos um armazém de fios para trabalhos femininos. Hoje é uma associação onde se vai para ler, ouvir música e conversar. No meio da azáfama dos preparativos para o concerto de harpa dessa noite ainda houve tempo para honrar a hospitalidade cipriota, com a simpática oferta de água fresca e alguns momentos de conversa interessante.
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Tanto que se aprendeu. E tudo ficou por aprender. Voltarei?
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Nocturno No.20, "Reminiscence", F.Chopin(Maria João Pires)

26 comentários:

mfc disse...

Uma civilização um tudo nada diferente do que estamos habituados.
Geograficamente situda na transição entre o Ocidente e o Oriente.

jrd disse...

Porque não?
Devemos voltar sempre aos locais onde fomos felizes.

jorge esteves disse...

Que se me perdoe a intromissão: antes, antes e, também, bem importantes: os fenícios, os persas e assírios.
Mas é claro que gostei do texto. E das fotografias.

Com tigo disse...

Como
comentar?
Comungou-se
com-viveu-se!
Com corda-se
com a vontade de voltar.

lino disse...

Pelo menos os vinhos tem fama de serem bons!
Beijinhos

Anónimo disse...

Tanto se aprende ao abrir
os olhos e o coração.
Lindo de saber!
Bjinho da bettips

Licínia Quitério disse...

Gostei de saber. Tanto que não sei. Nunca saberei?
Beijos.

Duarte disse...

Vejo livros!... em harmonia, num ambiente que convida a conversar, ou a ler.
Pedras que marcam o passo do tempo, e que dignificam.
Os meus parabéns, querida amiga, pelo bem que me contas estas coisas. Obrigado. Gostei.
Recebe um grande abraço e a minha admiração

M. disse...

Tanto que fica por aprender, sem dúvida.
Tão bonita a "cor" deste teu post acompanhado de modo tão especial pela música de Chopin! Mas é engraçado que nos teus posts de viagens pressinto sempre uma certa tristeza. Talvez porque são olhares fotográficos e textos muito humanos que revelam precisamente os vários sentimentos de que é feita a natureza humana. E porque não ficas pela rama, embrenhas-te.

Patti disse...

Uma terra que sempre me atraiu, pela sua história, mas sabe-se lá porquê vou deixando sempre para outra vez.
As tuas fotos e as tuas letras, voltaram-me a avivar a curiosidade :)

Sara disse...

Não é um dos países a que pretenda voltar. Talvez tenha sido a pressa com que, na altura, o visitei. Ou talvez seja este dilema e ânsia ao perceber o tanto que há para conhecer.
Obrigada pelo teu olhar, o exterior e o interior.
Bom feriado!

Graciete Rietsch disse...

Tão linda esta tua reportagem sobre o Chipre!!!! Belíssimo o texto, ótimas as fotografias, as referências históricas e também actuais.... tudo a condizer com o extraordinário piano de Maria João Pires.

Um beijo.

R. disse...

O regresso físico será o futuro a ditá-lo, mas as "reminiscências" constituem um meio de retorno permanentemente ao (teu) alcance.

(Como sempre, irrepreensível nas palavras e na partilha).

Um abraço!

anamar disse...

Um sonho meu que vejo cada vez mais longe...

Obrigada pela partilha.. e por este delicioso "noturno"
:))

Sensualidades disse...

adoro o cheirinho salgado de chipre

No sei se sentiste

Bjinhos
Paula

Zé-Viajante disse...

Água fresca (pormenor tão simples) e conversas interessantes.

E um convite à Poesia.

trepadeira disse...

Sempre a ensinar algo belo,também na companhia destas mãos maravilhosas que voam sem tocar as teclas.

Um abraço,
mário

Unknown disse...

Boa noite, Justine

Por caso até já pensei que tal seria uma viagem a Chipre.
Não pela bizarria de Nocósia ainda ser uma cidade dividida, em pleno sec. XXI, para por tudo o resto.
Afinal de contas, a seguir ao Atlântico, o Mediterrâneo, o nosso laguinho, é uma luxo!
Bjs

Lilá(s) disse...

Faço sempre essa pergunta cada vez que parto de algum local que gostei!
Chipre está na minha lista de espera para visitar um dia.
Bjs

Maria disse...

Tanto por conhecer. E saber.
Voltarás, claro!

Beijo.

São disse...

Quem sabe?

Eu ainda sonho lá ir, já que tive tudo previsto...

Convido-te a passares pelo "são" amanhã.

Dorme bem.

Clarice disse...

Ai, que dá vontade de andar por esses caminhos. Tão pouco sei do Chipre, além de que o nome é uma delícia e que tem um tenista muito forte na lista dos bons.
Belas fotos. Que construções lindas!
Abração.

Sensualidades disse...

o que eu mais gosto quando viajo e apredenr novas vivencias :):)

Obrigada pelas fotos sao lindas

ja agora, ja tenho isto, depois de muito insistirem comigo

www.facebook.com/paularodrigu3s

Bjinhos
Paula

Graça Sampaio disse...

Que bela reportagem e que belas fotografias! Obrigada. Gostei, podes continuar a viajar e a mostrar-nos esses belos locais.

Beijinhos

~pi disse...

e como poderias não voltar depois do que escreves!? :-)



beijo, abraÇo






~

Pierre BOYER disse...

Great walk...
Regards from France,

Pierre