Há uma beleza morna nas fotografias. Sem dúvida a dignidade das pessoas e a sombria trama das grades. Há sítios assim para onde poderíamos partir sem remorso e talvez sem saudade. Luís
É o triste reverso da medalha, da favela, da sobrevivência a todo o custo... Tinhas mesmo que ter os olhos abertos para esta realidade que por cá também impera...
É isso aí - como dizem os cariocas. O Rio é tudo isso e muito mais, é um caleidoscópio a girar, algumas vezes as imagens são belas e coloridas, outras são desbotadas ou aterradoras, mas quase nunca deixam a gente indiferente. Pode ser que por aqui não vejamos tantas grades, mas a mais resistente é o silencio...
O Brasil desperta lentamente, qual gigante adormecido, e quando chegar o dia do acordar total então aí cuidado com o Brasil... por enquanto ainda está limitado por grades... mas um dia...
O Brasil é uma paixão para mim, apesar dos problemas... ou devido a eles, o povo brasileiro revela-se com uma energia imensa, com uma vontade indomável de lutar e de ser feliz! Corri num mês uma boa parte do Brasil. Faltou-me contudo ver muita coisa, que eu sei ser maravilhosa, mas a todos os locais onde fui, encontrando beleza fantástica ou chocante pobreza eu vi um povo extraordinário, que me tratou como um principe, só pelo facto de eu ser português. Se eu um dia tiver que sair do meu País, acho que só no Brasil me conseguiria sentir tanto em casa. Estes posts vieram matar muitas saudades que eu tenho daquele "País abençoado por Deus"! Beijinhos!
O Brasil é a paixão da minha vida. Nunca recuperei da tristeza de ter lá vivido e me ter vindo embora. Quanto às grades sempre me lembro delas e já nem reparo. Parece que é um mal necessário mas que não retira nada ao amor que tenho àquele País. Beijinhos e festinhas ao Mounty
"Comecei a caminhar vagarosamente, profundamente estupefacto, e a descrever para mim, em palavras, todo este bairro de Alexandria, porque sabia que em breve seria esquecido e apenas revisitado por aqueles cujas memórias tivessem sido modeladas pela cidade febril, agarrando-se ao espírito dos velhos como perfume à manga de um casaco". (Ibidem, a páginas tantas).
"Fica-me a perplexidade das grades" (Justine, aqui mesmo).
Contrastes! Algo que acontece em todo o mundo... quando a igualdade?! Aqui também verás grades, até na capital, estão assustados... ademais com razão. Gostei da tua prosa poética.
Um caleidoscópio, essa cidade que admiras, com as suas zonas de escuridão e aflição. As grades, como muros para os que estão dentro e para os que estão fora, proliferam pelo mundo. Também por cá elas me entristecem.
quando as grades passarem a leves cortinas, a energia gasta numa viagem ao âmago de um lar, será tanta quanta a luz distribuida pelos rostos sorridentes, das gentes que passam nas ruas da solidariedade... esperemos. abraço do vale
Deixa-me adivinhar: a EDP anda por aí a libertar energia? ......................................................................................................................................................................... (Mas neste momento preciso, acaba de me cair um email com uma informação terrível!)
Então, cara Justine, somos companheiros na desgraça? Mas, digo-te: é a dança, é a dança que te vai ajudar a ultrapassar a "perplexidade das grades).
As grades fazem parte da teia. De uma certa teia. Nem tudo são rosas, e há janelas que não podem estar abertas. Mesmo assim, converteste-me - o que não é coisa fácil.
Espero que as dores passem depressa, quanto tempo vais andar de gesso?
Olha eu talvez vá hibernar aí 2 semanitas de 7 a 21 de Março, para fugir a este frio desgraçado. Hoje de manhã estavam 17º negativos! Vou mandar-te um mail com uns remédios homeopáticos que poderás tomar para ajudar a sarar mais depressa e a aliviar as dores. Beijinhos e as melhoras!
28 comentários:
Há uma beleza morna nas fotografias. Sem dúvida a dignidade das pessoas e a sombria trama das grades. Há sítios assim para onde poderíamos partir sem remorso e talvez sem saudade.
Luís
Grades que abundam por todo o Brasil, mesmo em prédios altos.
Mas é maravilhoso ver a alegria que apesar de tudo, está estampada no rosto deles.
Poéticas imagens, mais uma vez Justine. Davam para falar de tanta coisa...
Fico com a sensação de que me falta ver mais qualquer coisa... de sentir o cheiro, sei lá.
Às tantas falta-me é ir lá, mesmo...
Um abraço
Fica-me o "outro lado" do Rio, o que não vem nos postais, tão ou mais importante...
É o triste reverso da medalha, da favela, da sobrevivência a todo o custo...
Tinhas mesmo que ter os olhos abertos para esta realidade que por cá também impera...
Abraço
É isso aí - como dizem os cariocas.
O Rio é tudo isso e muito mais, é um caleidoscópio a girar, algumas vezes as imagens são belas e coloridas, outras são desbotadas ou aterradoras, mas quase nunca deixam a gente indiferente.
Pode ser que por aqui não vejamos tantas grades, mas a mais resistente é o silencio...
beijos
Por detrás das grades estão a dignidade e a paciência...
Um beijo.
E que bem se deve estar por aí...
E foste fotografar justamente "os gatos" de luz! Quanto às grades já nem se sabe quem fica por trás delas.
Ainda assim, é lindo não é Justine? É. E quando canta o coração...
Olha, agora chove que se farta mas é chuva de Verão. Logo vai limpar, e o céu fica com cara de sexta à noite. E lá vou eu! hehehe
infelizmente nada a perfeito
haha sim por acaso e uma das posicoes que tb faco no yoga, tambem mais vestida, mas agora que dizes vou esperimentar em casa hihih
Beijos
Paula
O Brasil desperta lentamente, qual gigante adormecido, e quando chegar o dia do acordar total então aí cuidado com o Brasil... por enquanto ainda está limitado por grades... mas um dia...
muitos beijinhos!!! Bom fim-de-semana!!!
Os contrastes das grandes metrópoles... Do colorido alegre e festivo do samba ao cinzento triste dos quotidianos difíceis.
As grades. Existem cada vez mais e em tudo quanto é sítio de viver. Nada estéticas, por sinal, mas ainda piores são as do pensamento.
O Brasil é uma paixão para mim, apesar dos problemas... ou devido a eles, o povo brasileiro revela-se com uma energia imensa, com uma vontade indomável de lutar e de ser feliz!
Corri num mês uma boa parte do Brasil. Faltou-me contudo ver muita coisa, que eu sei ser maravilhosa, mas a todos os locais onde fui, encontrando beleza fantástica ou chocante pobreza eu vi um povo extraordinário, que me tratou como um principe, só pelo facto de eu ser português.
Se eu um dia tiver que sair do meu País, acho que só no Brasil me conseguiria sentir tanto em casa.
Estes posts vieram matar muitas saudades que eu tenho daquele "País abençoado por Deus"!
Beijinhos!
Ai que nunca mais é sábado outra vez! hehehe
O Brasil é a paixão da minha vida.
Nunca recuperei da tristeza de ter lá vivido e me ter vindo embora.
Quanto às grades sempre me lembro delas e já nem reparo. Parece que é um mal necessário mas que não retira nada ao amor que tenho àquele País.
Beijinhos e festinhas ao Mounty
"Comecei a caminhar vagarosamente, profundamente estupefacto, e a descrever para mim, em palavras, todo este bairro de Alexandria, porque sabia que em breve seria esquecido e apenas revisitado por aqueles cujas memórias tivessem sido modeladas pela cidade febril, agarrando-se ao espírito dos velhos como perfume à manga de um casaco". (Ibidem, a páginas tantas).
"Fica-me a perplexidade das grades" (Justine, aqui mesmo).
Para guardar o pouco que se tem... uma espécie de levedura da esperança...
Abreijo
Contrastes!
Algo que acontece em todo o mundo... quando a igualdade?!
Aqui também verás grades, até na capital, estão assustados... ademais com razão.
Gostei da tua prosa poética.
Um grande abraço
Grades em portas e janelas mas também flores nos vasos. E uma alegria enorme expressa na musicalidade do seu falar.
Boa semana Justine.
*
ãmiga,
são os bastardos
da globalização . . .
aí, como aqui !
,
conchinhas,
,
*
Um caleidoscópio, essa cidade que admiras, com as suas zonas de escuridão e aflição. As grades, como muros para os que estão dentro e para os que estão fora, proliferam pelo mundo. Também por cá elas me entristecem.
Um beijo.
Agora que o Brasil parece ter disponíveis jazidas de petróleo a rebentar de crude, há que pensar em planos equilibrados de distribuição dessa riqueza.
Saudações
quando as grades passarem a leves cortinas,
a energia gasta numa viagem ao âmago de um lar,
será tanta quanta a luz distribuida pelos rostos sorridentes, das gentes que passam nas ruas da solidariedade...
esperemos.
abraço do vale
Deixa-me adivinhar: a EDP anda por aí a libertar energia?
......................................................................................................................................................................... (Mas neste momento preciso, acaba de me cair um email com uma informação terrível!)
Então, cara Justine, somos companheiros na desgraça? Mas, digo-te: é a dança, é a dança que te vai ajudar a ultrapassar a "perplexidade das grades).
Beijos e um rápido restabelecimento.
As grades fazem parte da teia. De uma certa teia. Nem tudo são rosas, e há janelas que não podem estar abertas. Mesmo assim, converteste-me - o que não é coisa fácil.
E os contrastes são enormes!
Bjs
Vim aqui só para ver se havia novidades e mandar-te um beijinho.
Pensei que era uma fábula, afinal é uma fíbula...
Mas que bico de obra, Justine!
Espero que as dores passem depressa, quanto tempo vais andar de gesso?
Olha eu talvez vá hibernar aí 2 semanitas de 7 a 21 de Março, para fugir a este frio desgraçado. Hoje de manhã estavam 17º negativos!
Vou mandar-te um mail com uns remédios homeopáticos que poderás tomar para ajudar a sarar mais depressa e a aliviar as dores.
Beijinhos e as melhoras!
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