sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Nova Aldeia da Luz



Dentro ou fora do museu, tanto faz: lá dentro, o que foi; cá fora, o que é. A realidade parece apenas o reflexo da perda, e a reaprendizagem dos ritmos continua a ser uma tarefa árdua.
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Nocturno "Reminiscence",Chopin,(MªJoão Pires)

34 comentários:

Fernando Samuel disse...

Belíssimo: tudo: lá dentro e cá fora... estas casas «caiadas antes de ser preciso», como dizem por lá...

Um beijo.

Há minutos assim disse...

Que sorte a minha!
A ver as fotos, que me parecem ainda vivas, a ler o texto e a fazer a sua/todas as reaprendizagens, a deixar-me envolver pelas reminiscências do Chopin.
E mais: a ler o comentário do Fernando Samuel com aquela lindissima atitude de se caiarem as casas antes de ser preciso... para que estejam sempre caiadas!
Que sorte a minha nestes minutos!

Mar Arável disse...

Reaprender

os sonhos
Bj

hfm disse...

As memórias não são de clones. Belas fotos.

Licínia Quitério disse...

Tocante esta reportagem. Assim uma cidade nova de gente que não está lá. É um cenário muito estranho. Falta-lhe a vivência do tempo e das gentes. Um erro, um equívoco lamentável.

Rosa dos Ventos disse...

Falta-lhe a "alma" que se afogou no Alqueva!

Abraço

Graciete Rietsch disse...

Ler os teus post, ouvir a tua música,faz-nos renascer a esperança.
São belíssimos.

Um beijo.

jrd disse...

Não sei, não... Tudo é belo, mas há como que uma sensação de vazio por preencher, ainda.
Onde está a emoção? Não sei, não...
Abraço

a d´almeida nunes disse...

Imagino o cenário.

Pois, está tudo muito bonito e bem recreado.
Mas não é, de certeza, a mesma coisa para as pessoas que viviam na antiga Aldeia da Luz.

Nem a vizinhança deve ser a mesma, imagino eu!

Zélia Guardiano disse...

Encantador, minha querida Justine!
Postagem assim me alegra a alma....
Grata, amiga!
Enorme abraço!

Anónimo disse...

Estive la há tempos e tive a sensação que aquelas pessoas não gostavam de viver naquele ambiente de plástico. Tiveste a mesma sensação?
Em realação à pergunta que me fazes no CR:
Não tenho nenhuma tabela, mas sei que, pela minha passada m´dia, 10000 correspondem a um pouco mais de 7 quilómetros que demoro cerca de uma hora a percorrer.

R. disse...

Ainda não estive na nova aldeia. Conheci a 'antiga' pouco antes da submersão. Ao que parece, reemergiu o seu reflexo e, como todos os reflexos, representará o original mas de certo não o substitui.
Um abraço e um agradecimento pelo belíssimo vislumbre do que nos espera :)

Sensualidades disse...

o teu blog faz-me sempre querer viajar e conhecer estes sitios todos. Ainda o uso como guia e visito-os :)

Um fim de semana lindo para ti :)

Eu vou conhecer mais uma praia :)

Bjinhos
Paula

augusto, um entre mil disse...

um dia hverá gatos a esgueirarem-se pelas esquinas e cães a ladrar a sombras desconhecidas. e cotovelos nos peitoris das janelas baixas e olhos a ver quem passa.




assim espero.

augusto, um entre mil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
augusto, um entre mil disse...

e brincadeiras de crianças, talvez.

que é coisa que já raramente se vês nas nossas ruas.

Duarte disse...

Este piano!... desloca-me a um mundo maravilhoso do qual não quero sair.
Quando comprei o primeiro disco de Maria João Pires, estive o dia inteiro a escutar a arte de tocar o piano... nunca me canso!...

O ambiente transmite paz, serenidade. E o que ali se vê?

Grandes janelas! Muita luz! Vazio...

Um grande abraço de boa amizade

samuel disse...

Não deve haver uma melhor maneira de dizer isto... nem de o ilustrar.

Beijo.

João Roque disse...

É o belo...vazio!
Mas cheio com Chopin...

al disse...

Não conheço a aldeia, mas pela foto parece perfeita demais para ser uma aldeia genuína. Parece que algo não bate certo...
Beijos

Mel de Carvalho disse...

Justine,
bateu a nostalgia ... a saudade da outra Luz que eu conheci...

Beijo com vontade de "roubar" estas fotos... lindas. posso?
Bfs com muita luz, querida Justine

Mel

Lilá(s) disse...

Já a visitei várias vezes e vejo sempre tristeza no olhar das pessoas, apesar de eu achar a aldeia linda.
Bjs

Sara disse...

Nunca lá estive, mas fez-me lembrar Vilarinho das Furnas: a beleza não consegue subtrair a ideia de perda.

[não sei quando partes para Paris, mas não posso deixar de te desejar uma excelente estadia. Que venhas em estado de maravilhamento e renovação, como Paris é capaz de provocar :)]

Pitanga Doce disse...

Não conheci a outra, mas sei que gostaria de andar por essa, em dia de sol de Primavera, de mãos dadas com alguém. Faríamos o silêncio se encher de risos.

beijos Justine.

mfc disse...

E não estamos sempre a reaprender na vida?!
Mas esta trasladação de vivos... foi muito dura!

Sensualidades disse...

a praia foi uma maravilha :):)

Bjinhos
Paula

Anónimo disse...

Eu não conheci a Aldeia da Luz ancestral.
Esta que editas nestas magníficas fotografias, visitei-a há cerca de 2 anos.
A primeira ideia saliente é as duas ruas, os eixos viários da povoação.
Não tenho conhecimentos de antropologia e de urbanismo.
Por essa razão não adianto comentário.
Quando percorri as ruas da Aldeia, eram quse 13H. Já havia muito calor. As pessoas estariam a almoçar ou recolhidas.
Vi duas ou três pessoas na rua.

Gostei de fazer o passeio à volta do Alqueva; de almoçar em Monsaraz.

Mantenho um gosto especial em viajar pelo Alentejo.

Bjs, Justine

anamar disse...

Tenho muita pena de não conhecer.
Mas acalento a esperança....
E, Maria João Pires dá sorte...
Boa...
Beijinho

GR disse...

É lindíssimo, a cor, a tradicional arquitectura, tudo é de grande beleza.
Contudo, no meio de tanta beleza há um vazio.

Bjs,

GR

Manuel Veiga disse...

ponto e contraponto. na (des)harmonia do Tempo...

cumprimentos

MagyMay disse...

O coração é transplantado... é resto é "perfeitinho".

Abraço apertadinho, apertadinho

Maria Carvalhosa disse...

E as pessoas, Justine? Onde estão as pessoas? Viste algumas? Falaste-lhes?
Tocaste-lhes e, nesses hipotéticos gestos, certificaste-te de que não eram meros figurantes, manequins de montra?

Belíssimo e sentido post. Obrigada. Beijo.

bettips disse...

O silêncio
dessa rua impecável, atormenta-me. Vida, precisa-se, vive-se: não se impõe - e já lá vai tanto tempo de. Lembro-me de ler sobre a mudança dos interruptores (???) instalados nas casas novas.
Não sei mais. Gostei de saber/ler. Mas onde estão os girassóis, os homens às portas, os cães esquivando-se das esquinas...?
Parece um cenário.
Bjinho

Sofá Amarelo disse...

Em trabalho conheci as duas aldeias - a nova e a velha - fiz as últimas fotos das crianças no recreio da velha , acompanhei a instalação da nova e posso dizer que se calhar não valeu a pena: as pessoas tornaram-se ambiciosas e conflituosas, algumas de estratos mais elevados não admitiram que outras de estratos mais baixos pudessem ter as mesmas instalações para as máquinas de lavar, para a internet, etc, embora não tenham nem uma coisa nem outra!
As pessoas que lá ficaram e em especial os descendentes pensaram que iam enriquecer com o turismo e a venda de artesanato - nada mais errado, no princípio ainda se faziam excursões, agora a Luz perdeu a sua luz... resta o museu que vale a pena ver e voltar!