domingo, 7 de agosto de 2011

O Sentimento de um Ocidental

As Avé-Marias
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
(...)
.
(O Sentimento de um Ocidental, Cesário Verde)
.

Verdes Anos, Carlos Paredes

31 comentários:

vovó disse...

És Única!

"ucagssss"... quase, quase, ao vivo e a cores :)
vovómaria

o-da-casa disse...

Nem desta vez consegui ser o primeiro a comentar... Não faz mal, antes pelo contrário!
Mas este poema (e este poeta), que tanto me acompanha em tantas circunstância, vê-lo aqui e assim... é especial. Fica o registo bem-aventurado, apesar do desejo absurdo de sofrer. Ah!, esta dialéctica nos sentires.

Beijo

Anónimo disse...

Adoro a nossa cidade e este poema também...

trepadeira disse...

às vezes também me lembro de Cesário,ao ver as imagens de povos esventrados.

Um abraço,
mário

bettips disse...

Ah verdes anos,
maduros anos das melancólicas cidades!
Nem a propósito dos dias-hoje, por mais imagens de multidões-outras ao sol.
Tão bela escolha-dupla, J.

João Roque disse...

O poema, a foto, a melodia: Lisboa, com toda a certeza!!!

Licínia Quitério disse...

Puseste aqui muito do sentir da nossa cidade, ou melhor, de nós na cidade, com a melancolia de Cesário, o trinado de Paredes, o eléctrico dos desejos.

Beijo, Justine.

jrd disse...

Da minha Lisboa: Um poeta, um músico muitos sentimentos.
Abraço

Fernando Samuel disse...

E para além disso tudo, o CESÁRIO foi o primeiro a trazer para a poesia a gente do trabalho: operários, varinas, etc.

Um beijo.

gatinhadoze disse...

Belo, como sempre.
E eu, extasiada, a pensar no Mounty...
Namorar com esta música, porque não?

lino disse...

Poesia e música, uma bela combinação.
Beijinho

Graciete Rietsch disse...

Que dizer deste "post". Lindo,lindo, profundo, como sempre!!!

Um beijo muito afectuoso.

São disse...

Este post - bonito, sem dúvida - vem confirmar o que acabei de ler num livro muito interessante: "Os Portugueses".

Boa semana.

mfc disse...

Um belíssimo post!
Daqueles que se sentem... palavras.... foto e música!

Sensualidades disse...

linda foto

Bjinhos
Paula

Pitanga Doce disse...

É uma hora cheia de sombras e sentimentos diversos. Se estás com a pessoa certa, até pode ser um momento único. Acredita.

Beijos Justine (aqui da janela vejo mesmo essa hora)

Anónimo disse...

Por alguma razão foi em Liboa que nasceu o Fado, Justine...

anamar disse...

Sem palavras...
Beijoca

OUTONO disse...

...não me levas a mal...se ficar calado a ouvir esta beleza colorida com os teus acordes?

Rosa dos Ventos disse...

Dizer o quê perante a beleza da imagem, do poema e do som da guitarra da Carlos Paredes?
Posso dizer que fizeste uma junção maravilhosa!

Abraço

Anónimo disse...

Boa noite, Justine

Eis um dos poema fantásticos da poesia portuguesa.
À época em que foi escrita adequava-se perfeitamente.
Lisboa terá mudado bastante.

Bjs

utopia das palavras disse...

Quase como o fado fosse o destino...
Cesário e Paredes traçam-nos essa melancolia...e eu gosto!

Beijinho :)

greentea disse...

Há anos atrás quando morava em Lisboa, na zona da Av de Roma, toda a gente saia à noite para ir ao café e dar uma volta pelas ruas , pelas montras; era hábito instituido. Quando mais nova, os meus pais ainda vivos, também eles tinham hábito de sair à noite fosse ao café, fosse visitar familiares ou passar o serão em casa de algum amigo . Agora tudo isso se perdeu.
No entanto , numa destas noites de calor , fui até ao paredaão de Cascais e a praia ainda tinha gente pelas 10h da noite e muita gente caminhava entre S. João e Cascais . Foi o q fiz também, olhando o reflexo da lua no mar, a praia iluminada e observando as muitas gentes que jantavam nas esplanadas de praia...

Clarice disse...

Uau! Que versos cortantes. Inesperado, mas certeiro.

Beijos.

Sensualidades disse...

ora e um bom dia para ti tambem hehe

Bjinhos
Paula

Lilá(s) disse...

Fico nostálgica!
Bjs

Maria disse...

Apetece ficar por aqui... olhando o rio e ouvindo o Paredes.

:)

GR disse...

Cesário Verde descreve o nosso actual sofrimento colectivo.

Linda fotografia.

Gd BJ,

GR

tulipa disse...

HOJE
vim cá ter
Por vezes
perdemo-nos
e, um dia
regressamos.

Que nostalgia boa...
estes sons embalam-me!

Obrigada pela partilha.

abraços
de muita amizade.

Benó disse...

A hora melancólica do entardecer com a melancolia do Cesário numa simbiose perfeita. Não com a tua alegria natural.
Uma boa semana, Justine.

Sofá Amarelo disse...

Que maravilha, passo quase todos os dias aqui...