As Avé-Marias
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
(...)
.
(O Sentimento de um Ocidental, Cesário Verde)
.
Verdes Anos, Carlos Paredes
31 comentários:
És Única!
"ucagssss"... quase, quase, ao vivo e a cores :)
vovómaria
Nem desta vez consegui ser o primeiro a comentar... Não faz mal, antes pelo contrário!
Mas este poema (e este poeta), que tanto me acompanha em tantas circunstância, vê-lo aqui e assim... é especial. Fica o registo bem-aventurado, apesar do desejo absurdo de sofrer. Ah!, esta dialéctica nos sentires.
Beijo
Adoro a nossa cidade e este poema também...
às vezes também me lembro de Cesário,ao ver as imagens de povos esventrados.
Um abraço,
mário
Ah verdes anos,
maduros anos das melancólicas cidades!
Nem a propósito dos dias-hoje, por mais imagens de multidões-outras ao sol.
Tão bela escolha-dupla, J.
O poema, a foto, a melodia: Lisboa, com toda a certeza!!!
Puseste aqui muito do sentir da nossa cidade, ou melhor, de nós na cidade, com a melancolia de Cesário, o trinado de Paredes, o eléctrico dos desejos.
Beijo, Justine.
Da minha Lisboa: Um poeta, um músico muitos sentimentos.
Abraço
E para além disso tudo, o CESÁRIO foi o primeiro a trazer para a poesia a gente do trabalho: operários, varinas, etc.
Um beijo.
Belo, como sempre.
E eu, extasiada, a pensar no Mounty...
Namorar com esta música, porque não?
Poesia e música, uma bela combinação.
Beijinho
Que dizer deste "post". Lindo,lindo, profundo, como sempre!!!
Um beijo muito afectuoso.
Este post - bonito, sem dúvida - vem confirmar o que acabei de ler num livro muito interessante: "Os Portugueses".
Boa semana.
Um belíssimo post!
Daqueles que se sentem... palavras.... foto e música!
linda foto
Bjinhos
Paula
É uma hora cheia de sombras e sentimentos diversos. Se estás com a pessoa certa, até pode ser um momento único. Acredita.
Beijos Justine (aqui da janela vejo mesmo essa hora)
Por alguma razão foi em Liboa que nasceu o Fado, Justine...
Sem palavras...
Beijoca
...não me levas a mal...se ficar calado a ouvir esta beleza colorida com os teus acordes?
Dizer o quê perante a beleza da imagem, do poema e do som da guitarra da Carlos Paredes?
Posso dizer que fizeste uma junção maravilhosa!
Abraço
Boa noite, Justine
Eis um dos poema fantásticos da poesia portuguesa.
À época em que foi escrita adequava-se perfeitamente.
Lisboa terá mudado bastante.
Bjs
Quase como o fado fosse o destino...
Cesário e Paredes traçam-nos essa melancolia...e eu gosto!
Beijinho :)
Há anos atrás quando morava em Lisboa, na zona da Av de Roma, toda a gente saia à noite para ir ao café e dar uma volta pelas ruas , pelas montras; era hábito instituido. Quando mais nova, os meus pais ainda vivos, também eles tinham hábito de sair à noite fosse ao café, fosse visitar familiares ou passar o serão em casa de algum amigo . Agora tudo isso se perdeu.
No entanto , numa destas noites de calor , fui até ao paredaão de Cascais e a praia ainda tinha gente pelas 10h da noite e muita gente caminhava entre S. João e Cascais . Foi o q fiz também, olhando o reflexo da lua no mar, a praia iluminada e observando as muitas gentes que jantavam nas esplanadas de praia...
Uau! Que versos cortantes. Inesperado, mas certeiro.
Beijos.
ora e um bom dia para ti tambem hehe
Bjinhos
Paula
Fico nostálgica!
Bjs
Apetece ficar por aqui... olhando o rio e ouvindo o Paredes.
:)
Cesário Verde descreve o nosso actual sofrimento colectivo.
Linda fotografia.
Gd BJ,
GR
HOJE
vim cá ter
Por vezes
perdemo-nos
e, um dia
regressamos.
Que nostalgia boa...
estes sons embalam-me!
Obrigada pela partilha.
abraços
de muita amizade.
A hora melancólica do entardecer com a melancolia do Cesário numa simbiose perfeita. Não com a tua alegria natural.
Uma boa semana, Justine.
Que maravilha, passo quase todos os dias aqui...
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