Acho que o contraste é interessante, mas não aprecio especialmente a arte de Joana Vasconcelos!!! Felizmente a música voltou, sem eu ter feito nada. Deve ter sido algum problema que o operador resolveu. Neste mar de tristeza que é o nosso país é bom ler e ouvir este blog.
Eu acompanho a Joana Vasconcelos desde as primeiras exposições. Admirei-lhe a alegria e a coragem de não ter vergonha em ser portuguesa. Não ter vergonha das casas forradas a azulejo considerados impróprios até para forrar casas de banho; não ter vergonha do tricô nem do crochê que brotavam como água das mãos das mulheres mais velhas que necessitavam de um pretexto para se poderem sentar um pouco a conversar; não ter vergonha de peregrinar a Fátima a uma Deusa Mãe arcaica e na melhor tradição pagã trazer uma carrada de ídolos com a forma da santa em plástico verde fluorescente... Amigos meus menos entusiastas não lhe perdoam o sucesso e o desafogo financeiro. Mas que diabo se fosse um homem e estrangeiro achar-lhe-íam mais graça?! Conceder-lhe-íam mais tolerância?! Há aí tantos para se poderem entreter. Ainda assim foi um gosto observar o incómodo do casal presidencial ao vê-la trajada como uma ave do paraíso na inauguração da sua exposição. Apenas equivalente ao retrato que Paula Rêgo fez de um outro presidente com um busto da república.
Afinal o problema da música ainda não está resolvido, aparece sempre a mesma em todos os post. E era tão bonita a diversidade!!! Vou ver se um dos meus "técnicos" arranja tempo para vir cá a casa.
Gosto da ousadia, gosto da excentricidade, gosto da coragem em ser diferente da Joana Vasconcelos. Esta exposição talvez não possa ir vê-la o que me dá imensa pena.
Os contraste por vezes resultam muito bem e costumam evidenciar as características dos objectos em presença.
Tal acontece com a magnífica sobriedade e esoterismo da mesquita de Córdoba e a igreja católica exotérica e carregadamente ornamentada construída no seu interior.
Dor de cotovelo é, infelizmente, uma doença que acomente os portugueses com demasiada frequência, também as pessoas ditas mais cultas que deveriam ter outra postura. Do outro lado do Atlântico aprendi: o canadiano vê um tipo do outro lado da rua com uma limousine e diz para si: ainda hei-de ter uma igual! Um português, na mesma situação, pensa: ai estás a armar em importante? Isso passa, não tarda, andas a pé como eu!
17 comentários:
Continua na minha lista de espera!
O calor não ajuda a movimentar-me muito em Lisboa! :-((
Abraço
Sei que estou em contra senso comum, mas não "adiro" à arte da Joana Vasconcelos.
Acho que o contraste é interessante, mas não aprecio especialmente a arte de Joana Vasconcelos!!!
Felizmente a música voltou, sem eu ter feito nada. Deve ter sido algum problema que o operador resolveu.
Neste mar de tristeza que é o nosso país é bom ler e ouvir este blog.
Um beijo.
Uau! Belas surpresas!
Abraços do sul.
Eu acompanho a Joana Vasconcelos desde as primeiras exposições. Admirei-lhe a alegria e a coragem de não ter vergonha em ser portuguesa. Não ter vergonha das casas forradas a azulejo considerados impróprios até para forrar casas de banho; não ter vergonha do tricô nem do crochê que brotavam como água das mãos das mulheres mais velhas que necessitavam de um pretexto para se poderem sentar um pouco a conversar; não ter vergonha de peregrinar a Fátima a uma Deusa Mãe arcaica e na melhor tradição pagã trazer uma carrada de ídolos com a forma da santa em plástico verde fluorescente...
Amigos meus menos entusiastas não lhe perdoam o sucesso e o desafogo financeiro. Mas que diabo se fosse um homem e estrangeiro achar-lhe-íam mais graça?! Conceder-lhe-íam mais tolerância?! Há aí tantos para se poderem entreter.
Ainda assim foi um gosto observar o incómodo do casal presidencial ao vê-la trajada como uma ave do paraíso na inauguração da sua exposição.
Apenas equivalente ao retrato que Paula Rêgo fez de um outro presidente com um busto da república.
Afinal o problema da música ainda não está resolvido, aparece sempre a mesma em todos os post. E era tão bonita a diversidade!!! Vou ver se um dos meus "técnicos" arranja tempo para vir cá a casa.
Um beijo.
Quando os opostos se encontram
há faísca
Gostei...
Passa pelo Mar... e vê algo que descobri de Joana Vasconcelos.
Beijo amigo
...sedutor a envolvência!!!
Gosto da ousadia, gosto da excentricidade, gosto da coragem em ser diferente da Joana Vasconcelos. Esta exposição talvez não possa ir vê-la o que me dá imensa pena.
Já fui a esta exposição e gostei ! É realmente um feliz encontro de opostos !
Ainda não fui ver a exposição. Não sou fã de Joana Vasconcelos, ma tenho alguma curiosidade, que foi aguçada pelas fotos
Nada como um "encontro" de opostos...
Os contraste por vezes resultam muito bem e costumam evidenciar as características dos objectos em presença.
Tal acontece com a magnífica sobriedade e esoterismo da mesquita de Córdoba e a igreja católica exotérica e carregadamente ornamentada construída no seu interior.
Fica bem
Ainda bem que me lembras-te! deixo sempre para amanhã e ainda perco a exposição!
Bjs
Gosto, não conhecia.
Um abraço bem grande, querida amiga
Dor de cotovelo é, infelizmente, uma doença que acomente os portugueses com demasiada frequência, também as pessoas ditas mais cultas que deveriam ter outra postura. Do outro lado do Atlântico aprendi: o canadiano vê um tipo do outro lado da rua com uma limousine e diz para si: ainda hei-de ter uma igual!
Um português, na mesma situação, pensa: ai estás a armar em importante? Isso passa, não tarda, andas a pé como eu!
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