segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Al-Iskanderya (Alexandria) - a real e a mítica VI

A Biblioteca, a antiga biblioteca de Alexandria, permanecerá sempre como o símbolo primeiro da que foi capital cultural do mundo antigo. E sinal do seu ecumenismo, como desejou Alexandre Magno.
Esta, a nova Biblioteca, já não é o Museon, santuário consagrado às musas e local de todos os saberes. Ou será? É, sem dúvida, a sua continuidade.
Como edifício, é o mais impressionante da cidade, erguendo-se das águas, como o astro-rei iluminando toda a cidade.


A seu lado, a Universidade.

À sua volta, jovens, muitos jovens e gentes de todo o mundo.




Lá dentro, quatro museus, duas exposições temporárias, inúmeros arquivos de saberes, e a sala de leitura. A sala de leitura imponente, magnífica, aberta a todos os que têm curiosidade intelectual.
Dois dias não chegaram para ver tudo o que queríamos ver. Mas chegou para me apaixonar.
No último dia, a caminho da saída de Alexandria, passámos pela derradeira vez junto da parede exterior da Biblioteca, gravada com todos os alfabetos antigos. E de repente, apesar do sol a pino, a paisagem enevoou-se e um silêncio embargado tomou conta de mim. Voltarei?
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Almost like being in love, Sonny Rollins with The Modern Jazz Quartet









34 comentários:

João Roque disse...

Impressionante monumento à Cultura!

jawaa disse...

Ora aqui está um lugar onde o ar não entra para se ouvir a respiração do Tempo.

Rosa dos Ventos disse...

Continuas a maravilhar-nos com os teus olhares tão especiais!

Abraço

Rosa dos Ventos disse...

Além das palavras...

al disse...

Não sei se voltarás... mas que conseguiste despertar a vontade de conhecer, conseguiste!
Beijos

Maria disse...

Fiquei com uma vontade enorme de conhecer Alexandria.
Aqui ao lado temos apenas uma fotografia do Farol...

:) do Oeste

Anónimo disse...

É uma lacuna que há muito gostaria de suprir,mas esta reportagem redobrou a minha vontade de lá ir.

Gárgola disse...

Sempre se volta, mesmo que só seja pelas reminiscências.

Obrigada pela maravilhosa reportagem sobre este lugar que povoa o nosso imaginário.

beijos

GR disse...

Lindos registos fotográficos.
Tanta cultura, tanto saber...

Um grande BJ,

GR

Anónimo disse...

OBRIGADA! Assim, à vista desarmada e comovida.
Bj da bettips

BlueVelvet disse...

É fantástico como certos lugares têm a capacidade de nos comover sobretudo quando têm a ver com o passado e com a cultura.
Pensar em Alexandre o Grande toca-me.
Já senti isso em outros lugares. Por exemplo quando na Turquia entrei pela 1ªvez na Mesquita Azul.
Voltarás? Sem dúvida, nem que seja nas lembranças.

Licínia Quitério disse...

Impressionada. Não fazia ideia de como era a Biblioteca de agora. Esse astro que se ergue das águas, com dizes tão bem. Essa parede escrita com todas as escritas dos homens.

Voltarás sempre, Justine. Não foram dois dias. Foram séculos da tua ânsia de saber.

Um beijo, Amiga.

Patti disse...

Um espectáculo de cultura. Que privilégio, Justine.

Humana disse...

voltarás, sim, justine. mas, mas, enquanto isso não acontecer, terás sempre essa alexandria que, em luz e sombras, te habita.

abraço.

Fernando Samuel disse...

Belo, muito belo: tudo -fotos e texto- muito, muito belo.

Um beijo.

Parabéns disse...

Estou dentro do silêncio embargado... que nem deixava ouvir os buzinares constantes!
Voltarás? Quando é o teu próximo aniversário... ou o meu... em que ano?

Sensualidades disse...

simplesmente fantastica

e sim viltaras :)

beijos
Paula

R. disse...

Belíssimo e impressionante conjunto. Certamente uma homenagem digna da biblioteca original: imponente, mística e imensa. Momentos assim e memórias como estas, elevam o respeito pela Humanidade, e ilustram a sua inesgotável capacidade construtiva e criativa.
Espero que a 'volta' seja possível se e quando desejada.
Um abraço.

Sara disse...

Estou siderada! A isto, sim, podemos apelidar de "templo do saber". Um investimento que enobrece a cidade, contemplando o respeito pelo passado, mas de olhar posto no futuro. Como deveria ser, sempre.
Magnífica reportagem fotográfica, mais uma vez.
Um abraço!

Há.dias.assim disse...

Mas que grandiosidade.
Será que aqui a inspiração me visitaria?

Graciete Rietsch disse...

Que texto tão lindo! Que óptimas fotografias!
Fiquei comovida !!!!!

Um beijo e obrigada!

hfm disse...

Há regressos interiores, felizmente!

Belíssimo relato dum local inesquecível!

Luis Filipe Gomes disse...

Tens de voltar, é obrigatório, faço votos para que voltes.

MagyMay disse...

Estiveste lá!
Voltar é pormenor e pode ser amanhã

Deslumbra o edíficio e a imaginação faz o resto.

Uma maravilha esta tua reportagem, é um viajar...

Abraço...abraço

Anónimo disse...

Eis a bela reportagem que tanto aguardava desta tua viagem, Justine.

A Biblioteca de Alexandria com os seus pólos arquitectónicos,enquadramento paisagístico e a cultura que encerra: uma questão civilizacional muito séria.
Bjs

Lilá(s) disse...

"Voltarei?" é a pergunta que faço tantas vezes a mim própria quando visito um local que me deslumbra...que bela reportagem!!!
Bjs

O Puma disse...

Bom regresso

aos nossos azuis

Bjs

samuel disse...

Que coisa bonita!
Alguma vez se sai verdadeiramente dos lugares que amamos?

Beijo.

Nilson Barcelli disse...

A tua reportagem é fantástica... fiquei com um desejo enorme de lá ir...
Beijos, querida amiga.

Duarte disse...

Sensibilidade no olhar...
... en esa mirada tierna de quien quisiera ver más allá, pero sin perturbar, indagando apenas, para saber más.
Me he enamorado de tus decires...

Quero lá ir, como sabes, não sei quando, mas fundamentalmente para ver esta fase da tua viagem.

Agradeço esta maravilhosa exposição que me cativou.

Um grande abraço e a minha admiração, "amiga del alma"

augusto, um entre mil disse...

não sou invejoso.
não sinto invejas.

mas às vezes quase... :)

bettips disse...

Incansável,
volta-se. No sonho.
Bjs

M. disse...

"Voltarei?". A pergunta que fazemos quando nos sentimos felizes num lugar. Bem entendo essa tua vontade de voltar...

nuno leite disse...

Sempre la estiveste, e continuas a estar. Voltar eh so uma viagem no tempo. Fecha os olhos e ve. Eu vejo-te...