Não é o mar, não é o vento, é o sol
que me dói da cintura aos sapatos.
Sol de fins de julho,
ou de agosto a prumo: finas
agulhas de aço.
É o sol destes dias, aceso
na folhagem.
Bebendo a minha água.
Colado à minha pele.
Tem outros ritmos, outros modos,
outros vagares para roer
a cal, morder-me os olhos.
Até quando cega canta ao arder.
(Eugénio de Andrade, in Os Sulcos da Sede)
29 comentários:
Imagens a dimensão do texto: tudo muito belo!
Um beijo.
Fotos quase vivas!
Palavras que queimam!
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Lindíssimo.
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Aqui, não há desse sol...
Aceso... que canta ao arder!
Há que procurá-lo, noutros lugares, rapidamente... mal possa.
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[Beijo....]
O Verão tem destas coisas...
Bonito, casamento entre as palavras de Eugénio de Andrade e as tuas imagens.
Obrigado
Abraço
A muita luz é como a muita sombra
às vezes não nos deixa ver...
Mas, aqui vi e gostei de ver esta luz das fotografias e das palavras.
beijos
Por ti e para ti (e para o Eugénio de Andrade) lembro os três primeiros versos de um poema do Joaquim Namorado:
Os muros brancos da indiferença
desafiam os pintores
a pintar neles a esperança
(...)
encantador, teu sítio. um abraço fraterno.
Lindo, lindo!
Juro que não tinha vindo aqui antes de postar "Do Calor". Sinto-me agora assim como que envergonhada. Ele há coisas...
Beijo.
P.S. Claro que "bebo" muito Eugénio.
Olá Justine,
Eugénio e Drummond são para mim obrigatórios e eternos, mas não sei se foi das tuas imagens " vi" alguém a escrever sobre o Alentejo.
Até pensei que eras tu...
Beijinhos e boa semana
Encontrei aqui hoje uma calma boa...
Não sei se das fotografias ou do poema do Eugénio, sei que é bom estar por aqui...
Obrigada, Justine.
Um beijo
Um dos meus poetas preferidos com imagens de uma luz belíssima.
Também sinto assim o sol...
Belas fotos do teu "sítio"!
Abraço
Eugénio de Andrade continua a encantar-me. Este é lindo!
Gostaste do meu gatão (amarelinho)? é o alex.
Bjocas
estou cheia de dor-de-cabeça
vim só dar "um olhinho"
gostei muito desta PAZ
nas palavras sempre novas de "E.Andrade" e nas fantásticas fotos, a par do mar adoro os verdes, o seu frescor...
boa semana
um grande sorriso :)
sou branco
como a cal da parede
se me exponho ao sol
fico cá c´uma sede...
dá-me cá uma sede
de não ter outro tom
até podia ser verde...
lagarto, ponto com.
sorrisos e mais sorrisos.
Que bom estar à sombra duma árvore com um pouco de água fresca.
Esperto, esperto é o gato aqui à direita no ramo da árvore.
Aposto que o Eugénio teria gostado muito de "ver" este seu poema!
Abreijos
Aline
Considero, que fizeste uma boa selecção para postagem.
É-me sempre grato reler Eugénio de Andrade.
Daniel
Justine, daí vem o cheiro da terra quente e o vento traz de vez em quando uma núvem de pó.
Apetecia-me bater-te à porta e pedir-te um copo de água fresca...
Belíssimo este poema que as tuas fotos tão bem ilustram!
As férias estão a ser óptimas!
Um grande abraço, hoje embrulhado em nevoeiro.
Até já pensei que fosse o dia de El-Rei chegar...
lindo poema de EA
Sabes
oferecer a frescura
dos sítios e pensares.
Bj
Valiosa apreciação da estiagem longe do cosmopolitismo das praias.
Mito bem ilustrado.
O EA é extraordinário.
Bj, Justine
Ora o nosso menino: aquece-nos o coração sempre que tropeçamos nele, não é?
E as fotos...
beijinhos
Linda Justine:
(mto a correr que esta rede anda mal).
O Eugénio mailas fotos fica mesmo uma belezura. Sabes quanto gosto das palavra sde Eugénio. Assim quentes e incisivas, sem gordura e brancas. E as fotografias tão quentes e transbordantes...
beijinhos
:)
branco branca:
trans
pare
cer :)
~
Justine,
se der um salto à Faniqueira a visitar uma tia freira, apito!
Um grande abraço
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(suspiros)
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(suspiros)
não sei o que dizer...
beijinhos
Que bom poder desfrutar de tanta beleza.
Bjs,
GR
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