segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Brinquedo

O pátio não era muito grande, mas era suficiente para que eu voasse por ele atrás do ringue, como se à minha frente estivesse um campo aberto. Comigo voava o Sadi, de olhos brilhantes e soltando gargalhadas, como só os cães sabem e só as crianças entendem.
Convocando agora esse tempo adormecido na minha infância, e acordando a recordação daquele pequeno pátio onde cabia todo o universo, penso que o meu verdadeiro brinquedo era na verdade o Sadi. O ringue era apenas o pretexto.
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(tema do Fotodicionário da semana de 22-29/01/09 no Palavra Puxa Palavra )

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(My old flame, Gerry Mulligan Quartet with Chet Baker)

52 comentários:

Anónimo disse...

Ai que menininha mais linda! E a ternura que se adivinha no Sadi (mesmo de costas). Cumplicidade entre dois bons companheiros.
Tens razão, os cães riem (e também choram). Penso que aprenderam conosco.

Campaniça

vovó disse...

Quantas beleza e ternura!!!
beijocasssss

Teresa Durães disse...

são tão boas essas memórias!

Rogéryo de Sá disse...

Suponho que a fotografia seja sua. Sendo ou não, a criança que lá está tem uma expressão e um sorriso lindos. Terá hoje mais idade. Não deixo de a imaginar de cabelos brancos e o mesmo sorriso feiticeiro. Não me vou explicar se sou professor de filosofia, ou se não sou professor de filosofia, se não me explicar primeiro as razões que substanciam a sua conjectura. Quanto aos meus delírios, são os possíveis: quando me subtraio aos olhares dos psiquiatras e enfermeiros deste grande manicómio ou estou fora da acção das drogas que me injectam todos os dias pela TV, rádio, jornais e newsletters. Não deixe de me ler e de me comentar porque é isso que alimenta o meu ego delirante. Um bom dia para si.

Paula Raposo disse...

Quanta ternura nesta tua memória! Muitos beijos.

Juani disse...

eras muy linda
saluditos

Anónimo disse...

Um sorriso de uma pureza e transparência totais.Não há pose,há comunicação,encontro com o outro.Como podia o Sadi ficar senão de costas para a máquina se a menina dos seus olhos estava em frente dele?
Belos tempos:um ringue,umo cão e um quintal...
Kincas

Anónimo disse...

Bonitas recordações!!!!!!
E a menina era linda...!

Beijos

jorge esteves disse...

Pretexto, diga-se, bem atento ao jogo!...
(curioso! há imensos, imensos anos que não via um 'ringue' -creio que, hoje, bem precisas de por legenda à palavra, pois aposto na infima parte dos que sabem do que se trata... -)

abraços!

Anónimo disse...

Pois eu fico-me a ouvir outros dois a brincar, um com o sax barítono e outro com o trompete.

Maria disse...

Fizeste-me sorrir...
O último ringue que tive era cor de laranja!
Que memórias boas me trouxeste, Justine...

Um beijo

cristal disse...

Já deixei o meu comentário no PPP. Aqui é só para marcar presença e dizer que o ringue também era um brinquedo de que eu gostava muito. Porque terão desaparecido as brincadeiras com eles? Não é estranho que um brinquedo que era tão apreciado até à nossa geração tenha desaparecido assim,sem mais nem menos?

mfc disse...

Tanta ternura nestas palavras!
E o Sadi merecia por inteiro o teu sorriso daquela fotografia.
Eu também estou a sorrir...

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

Não é para ficares vaidosa, mas estás muito linda na fotografia. O que quer dizer que já eras um borracho na altura. Agradeço-te as palavras que deixaste no meu blogue e a promessa de me leres. Agora que só tenho uma perna, estou a ficar mais perto do computador e a engrossar os músculos dos braços. Já reabri a exposição dos azulejos pelo que vou ficar ansiosamente à espera dos teus comentários. Beijinho. Rodrigo.

BlueVelvet disse...

Que boas recordações me trouxéste.
Há quanto tempo não me lembrava dos ringues da minha infância.
Mas sabes, ainda tenho mais saudades dos da infância dos meus filhotes.
E que querida que eras, de caracol:)
Beijinhos

hfm disse...

O ringue, esta palavra mágica, entretanto esquecida, trouxe-me o sabor da nostalgia e das memórias.

mariam [Maria Martins] disse...

Justine,

lindas! a menina e as recordações feitas palavras ...

sou um 'niquinho' mais nova, mas também tive um ringue verde! :)

boa semana
um sorriso :)
mariam

Pitanga Doce disse...

" O pátio não era muito grande", isto dizes agora. Naquela altura devias achá-lo enooorme, não era?

Lembranças doces e como sempre boa música.

beijos Justine

Alberto Oliveira disse...

... Sadi olhou a menina perplexo. Sempre a tivera em boa conta pois era uma menina que apreciava as suas gargalhadas (os humanos adultos chamavam-lhe latidos) e brincava com ele como se fosse um menino. Por isso, não entendia agora porque motivo ela o procurava confundir com um donut daquele tamanho, quando ele sabia perfeitamente as reais dimensões do bolo. Ela pareceu ler-lhe o pensamento "Sadi, queres uma fatia de bolo-rei?". Sadi baixou as orelhas descontente "Ó minha-dona pequenina! estou de tal modo baralhado que o melhor é voltares a pôr a roda no triciclo."

João Roque disse...

Memórias de infância; elas invadem-me, neste momento, constantemente...
Beijinho.

samuel disse...

Lindo!

PoesiaMGD disse...

Gostei de sua escrita e deixo um convite:

http://www.escritartes.com/forum/index.php?referre

Abraço

mdsol disse...

Ohhhhhhhhh Que ternura! menina mailinda mesmo
beijinho
:))

~pi disse...

lindo...

(that old flame in-memory :)




beijo





~

Rosa dos Ventos disse...

Foto cheia de ternura e alegria, da menina e do Sadi!

Abraço

Fernando Samuel disse...

No entanto, talvez sem o ringue o brinquedo Sadi fosse diferente...


Um beijo.

Anónimo disse...

excelente post de memórias, com uma música de fundo que me deixa alapardado e sem vontade de sair daqui.

mena maya disse...

Quem podia resistir a um sorriso destes, tão charmoso?

Uma foto linda!

O texto uma excelente moldura!

Beijinho

Anónimo disse...

Quando o tempo adormecido da nossa infância acorda e se espreguiça abrindo-nos os braços, quando à memória vêm os brinquedos e os cães que nos preencheram tempos esquecidos (de brincadeira, de catar pulgas, de fazerem de cavalinho...), quando as estórias ante(s)passadas são a ficção mais criativa que poderíamos contar, quando...
E quando estamos a ser companheiros do que fomos e do que somos, somos nós. Em plenitude.
É tão bom que tão bem o lembres!

Arábica disse...

Justine, confessa:


olhando para a foto não consegues quase sentir o cheiro a Verão, a respiração do Sadi e o calor da tarde?


Lente cor de rosa, para uma infancia feliz :)

JPD disse...

Olá Justine

O que mais me enternece é o facto de as nossas mães nos fazerem esse caracol no centro da cabeça e ordenar «Vai, anda, podes ir brincar» e lá iamos, felizes.

Eu cheguei a jogar horas a fio com um ring desses...

Agora, não. Os rings foram estilizados e parecem tampas coloridas de panela, sem asa...

Mas cumprem a função.

Bjs

Chat Gris disse...

Já lá fui! Que ternura a fotografia...o caracol e o gato!
(estamos, finalmente de volta)

GR disse...

Linda fotografia.

Não só o sorriso da criança, a felicidade que ela transmite é, um encanto.

Justine,
Foste sempre linda!

bjs,

GR

Duarte disse...

Reconheço esse sorriso. Os rasgos estão aí. Uma beleza que emergia!
Hei-lo expectante, ansioso que tu saísses a correr para sair detrás de ti.
O Sadi soube eleger e tu como compensá-lo.
Ternura nas tuas palavras... as que senti...

Um grande abraço

poetaeusou . . . disse...

*
Belo post, amiga
,
e regredi muitos anos,
e a praia da Nazaré,
era só minha,
e do meu ringue encarnado,
rodando como papoila de iodo,
e do meu Sadi
que se chamava NORTE,
Guarda-Costas das Gaivotas,
impondo respeito aos outros
cães que as acossavam,
meu Cão-Gaivota,
minha Gaivota do Norte . . .
,
Será possível, ao avistar
um grupo de Gaivotas,
ver o meu NORTE
no meio delas ???
,
obrigado pelo post,
pilipares serenos te envio,
,
*

Rosa dos Ventos disse...

O meu out look não está famoso, aliás nada está famoso,por isso tem mesmo que ser por aqui través do teu quintalinho, diz-me como posso aceder ao Rodrigo, Perdido, porque não consigo comentá-lo e soube pela Patanisca que ele não esteve bem!
Mas recebo mensagens, não consigo enviá-las, nem reencaminhá-las...

Abraço

Violeta disse...

tens um sorriso lindo. Tb usava um totó assim... mas com um ar mais introspectivo.. era já um sinal!

1/4 de Fada disse...

Qua maneira maravilhosa de descrever um brinquedo! E a música, então...

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá Justine, espectacular...
Beijos

bettips disse...

Lugares largos e semelhantes. Já o disse e repito: um riso directo e (re)encontrado.
Bj

Belisa disse...

OLá
A foto está um encanto e sente-se felicidade no ar! Linda!
Beijos estrelados

Carla disse...

a ternura de momentos que a infância marcou em nós´
beijos

Carla disse...

a ternura de momentos que a infância marcou em nós´
beijos

Anónimo disse...

Bonito texto. A recordar os nossos Sadi's.
E a tua viagem ao Vietname - é nossa, assim! Que bom.
Lúcia

Anónimo disse...

Temos passado por aqui, sem deixar comentário, para nos deliciarmos com esta fotografia. E faltam-nos as palavras certas para dizer a ternura que essa imagem nos inspira. A alegria e a vivacidade num sorriso, a firmeza no gesto de agarrar o brinquedo - que, vida fora, muitos desses sorrisos se repitam no teu rosto, Justine.

marradinhas da felina (sem esquecer o mounty) e um abraço da Humana.

vieira calado disse...

Ah, o ring!...

Que saudade!

Que saudade do jogo do ring, na praia da Batata, em Lagos...


Cumprimentos meus.

Benó disse...

O meu ringue era cor-de-rosa. Adorava jogar ao "mata" e apanhá-lo enfiando no braço.

Belas recordações.

Estás linda na foto.

Resto de boa semana.

vida de vidro disse...

Fizeste-me lembrar os ringues que tive. E os cães com que brinquei. Um post terno à volta da foto duma menina linda e do seu cãozinho. Uma doçura. **

Rogéryo de Sá disse...

Não posso deixar de retribuir as assíduas visitas ao meu modesto blogue. Entretanto, gostaria de lhe recomendar, se mo permite, alguma sobriedade na sua exuberante curiosidade, quiçá muito feminina, a respeito do que sou sou ou do que faço. Gostaria de ser tomado a sério pelas causas que defendo sendo a mais nobre o pesquisar se há futuro para Portugal.

Sofremos todos do complexo de Viriato: eleger um chefe incontestado para depois o trair. Na versão do complexo de Sebastião, o chefe pode ser uma criança que estaremos prontos para a seguir numa loucura qualquer e, depois, abandonar no campo de batalha. O resultado é sempre o mesmo: morto o dux, envolvemo-nos em disputas fratricidas acabando por cair sob o domínio das potências estrangeiras.

A minha tese é arrojada, sei bem, e pode resumir-se da seguinte forma: o país foi sendo formado por sucessivas vagas de invasores. Em cada vaga formou-se uma casta criando-se assim um país com uma estrutura social hierárquica, em que cada pessoa permite ser subordinada desde que subordine alguém. O que não é verdade para as duas castas extremas. A penúltima casta dominante (suevo-visigótica tardia) entronizou-se com a implantação da monarquia. A última, com a subordinação da monarquia ao império britânico, os mandantes actuais. A república é um fait divers que mal ou bem se vai aguentando melhor que a monarquia a fazer o servicinho.

Adiante, não a quero maçar mais com as minhas elocubrações. Acredite que preferia ter a idade do anjo da fotografia e poder lançar o ringue para o Sadi apanhar. Nessa altura não havia chefes e acreditava que éramos todos iguais.

mariam [Maria Martins] disse...

OBRIGADA! :)

mariam

Tinta Azul disse...

LINDO!
:)

Anónimo disse...

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