segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Chamada de atenção




Donaminha, Donaminha, tu não achas que já chega de reportagem? Já pensaste que estás a abusar da paciência dos teus amigos?
Claro, eles dizem que estão a gostar muito, mas é gente educada, não vai agora dizer-te que está a ficar cansada das Tuas férias!
Ah, são só mais dois ou três temas...e achas pouco!
Faz o que quiseres (eu sei que fazes sempre o que queres, tal como eu), mas eu cá aconselhava-te a parar, até porque o Fazdedono também está a reportar, e com artigos de fundo!
É de adormecer...
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Bill Evans, What is there to say?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Vietname, as gentes e os lugares - V


Gastronomia
Da frescura dos ingredientes falam os mercados, onde o peixe e as aves só se vendem vivos.
Os pratos são confeccionados com delicadeza e arte, e acabamos por comer mais com os olhos que com a barriga!
Usei e abusei da sempre presente Phô, sopa que se come ao pequeno-almoço, ao almoço, ao chá e ao jantar, nos restaurantes de rua e nos hoteis mais sofisticados.
Mas o mais longe que a minha ousadia me levou foi a provar carne de crocodilo...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Vietname, as gentes e os lugares - IV








Comércio
Outro pilar da vida económica vietnamita - as trocas comerciais.
Vende-se e compra-se de tudo em todo o lado: no cais ou no meio dos rios, num vão de escada, nos bazares e nos mercados, nos passeios e até de mercadoria aos ombros. As ofertas são imensas, as tentações irresistíveis...
Num vaivém contínuo, colorido e abundante, as trocas fazem-se com calma, bonomia e profissionalismo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Vietname, as gentes e os lugares - III




Pesca e agricultura
O ambiente de trabalho é sempre a água.
Na Baía de Halong ou no delta do Mekong, pesca-se com redes artesanais produzidas pela família e remendadas todos os dias, ao fim da faina.
Nos campos de arroz trabalha-se com água até ao joelho, às vezes até à cintura, em união estreita com os elementos. Os instrumentos de trabalho são precários e primitivos, e só o búfalo aligeira a dura tarefa do cultivo do arroz.
Homem/Mulher-água-terra: trângulo fértil, de que depende o sustento do país.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Vietname, as gentes e os lugares- II








As gentes
Parecem-me quase todos jovens. Gente entre a adolencência e a idade madura. Às crianças, vi-as à saída das escolas e a visitar museus, em bandos ruidosos iguais em todo o mundo. Velhos, vi poucos. Alguns, soube que cuidam dos netos e que cozinham para a família que vive na casa comum.
Mas as multidões que vejo nas ruas são de jovens. E todos eles freneticamente activos, sem contudo perderem o ar sereno de quem está bem com a vida. De quem já fez frente a coisas bem mais duras que a dureza do quotidiano.
Fazem de tudo: pescam, vendem, transportam, cozinham, compram, divertem-se, descansam, rezam.
Esta gente fervilha. Sempre tranquilamente.
Tantas perguntas que ficam por fazer, lamentando a incapacidade de comunicar nesta língua desconhecida.
Restam os sorrisos, que trocamos generosamente.
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sábado, 3 de janeiro de 2009

Vietname, as gentes e os lugares - I

Parte-se levando na bagagem o que se leu nos livros de G.Greene e da Duras, o que se viu nos filmes de Coppola ou de Stone, o que se viveu pelos jornais nos anos 60 da nossa juventude comprometida.
Chega-se, e a realidade impôe-se-nos colorida, vibrante, ruidosa. Serena mas imperativa. E pouco a pouco vamos retocando o que pensávamos que sabíamos. Uma primeira impressão permanece, transformando-se em certeza: este povo sabe o que é essencial.

Este povo sabe conduzir(-se) no caos do trânsito e no caos da vida.

Este povo sabe esperar pacientemente o crescimento do arroz e o crescimento do seu país

Este povo sabe ser cortês sem deixar de ser inabalável.
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(Irei deixar aqui, nos próximos dias, as minhas impressões sobre as gentes e os lugares deste país pobre mas tão rico, tranquilo mas fervilhante, gentil mas obstinado)
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(Mozart, Concerto para piano e orquestra nº23)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Saudações de Ano Novo

Não aguento mais, Donaminha. Eu percebo o teu entusiasmo, mas 1.200 fotografias!! Estou que não posso, até já tenho os olhos em bico...

Só tenho forças para apresentar a todos os amigos e amigas as minhas saudações de Ano Novo, e depois vou descansar do teu relato de férias!Sim, as saudações e os votos vão em teu nome também, mas agora fazemos um intervalo e amanhã contas o resto, está bem? (uff, que seca! )
Bom Ano para todos !Ronronron