Como sou uma optimista e até arranjo desculpas pra tudo, apesar de 33 anos depois da independência, e com tudo o que aconteceu, pode dizer-se que é a "cidade possível"?
Fotos com grandes contrastes! Entre a beleza e o…desagradável. Casas lindíssimas, como seriam com outra roupagem? Lixo nas ruas? Tens a certeza que não é em Nápoles?
Eu não disse que vinha ler tudinho? Apesar de... parece-me, pelo que tenho lido também noutros lugares, que haverá esperança. E deve ser entusiasmante estar numa terra "onde esperança" ... Claro que há idades da inocência e eu já não a tenho. Melhor saberão vocês. Eu nem nunca fui a África e só me enraivece a beleza, a beleza e a raça das gentes e da terra, não serem suficientes para um humanismo, uma aprendizagem da serena natureza, uma via larga para a paz e o entendimento... Em vez duma corrida desenfreada às riquezas para alguns. Essa é a tristeza na alegria de ver estas fotografias que revelam, como diz a Maria, a "cidade possível". Obrigada! Abçs
Esqueci dizer que "finalmente" percebi o "quarteto" blog e os nomes que se lhe associam. Não, não li, ouvi falar mas só agora fui vistoriar com olhos de ver. A última Grande obra que li, há uns anitos, foi Em Busca do Tempo Perdido de Proust. Sinto que este "Quarteto" me fez falta... A ver se me recomponho, num aniversário "pedindo" prenda com nome e tudo. Inteiramente de acordo com o mundo que descreves e a mágoa dos ínvios caminhos (teu comentário no meu sítio). Talvez tenhamos passado uma outra forma futura de ver, a um, a dois...a alguns, talvez! Como diz J., tenhamos essa pequenina esperança.
Maria,não creio que seja a "cidade possível", outra seria bem possível, se para isso houvesse vontade política. Mas isso ia levar-nos a uma conversa noite fora!
GR, outros contrastes irei mostrando. E tens razão, lixo ´nas ruas há tb em Lx, mas nós procuramos sempre a perfeição, não é? E falta tanto a Maputo...
Bettips, esperança há sempre, mal de nós, mas a ganância é muita e o mundo está cada vez mais cão. África é uma paixão que nos leva a visitá-la sempre que podemos,mas é tb uma revolta permanente, por causa das desigualdades,das injustiças, das prepotências.Irei contando mais, ao longo dos próximos dias. E,como "dica", deixo-te o título do livro que mais me elucidou sobre África: "Ébano, febre africana", do R.Kapuscinski.Mais outra prenda de aniversário...
Quanto ao "Quarteto de Alexandria": tenho uma paixão enorme pelo L.Durrell e considero esta obra uma das mais importantes da literatura inglesa,sob o ponto de vista literário, além de ser apaixonante como retrato de uma cidade e de um tempo. Há uns anos, tinha como projecto ter em casa o meu quarteto: um cão Baltasar e uma cadela Clea (que acabei po nunca ter), a gata Justine(que já morreu, mas que ainda choro)e o Mountolive, o meu Mounty, nosso companheiro de brincadeiras e de serões. Obrigada pelo diálogo, bj
As fotos (estas, e não só), a legenda, os vossos comentários, são pitadas de lucidez, que tão escassa parece andar, embora, na verdade, o que escasseie seja outra coisa, seja humanidade porque prevalece a desumanidade, os interesses de uns poucos contra o interesse de todos. Obrigado por estes bocadinhos...
8 comentários:
Como sou uma optimista e até arranjo desculpas pra tudo, apesar de 33 anos depois da independência, e com tudo o que aconteceu, pode dizer-se que é a "cidade possível"?
Fotos com grandes contrastes!
Entre a beleza e o…desagradável.
Casas lindíssimas, como seriam com outra roupagem?
Lixo nas ruas? Tens a certeza que não é em Nápoles?
GR
Eu não disse que vinha ler tudinho? Apesar de... parece-me, pelo que tenho lido também noutros lugares, que haverá esperança. E deve ser entusiasmante estar numa terra "onde esperança" ... Claro que há idades da inocência e eu já não a tenho. Melhor saberão vocês. Eu nem nunca fui a África e só me enraivece a beleza, a beleza e a raça das gentes e da terra, não serem suficientes para um humanismo, uma aprendizagem da serena natureza, uma via larga para a paz e o entendimento... Em vez duma corrida desenfreada às riquezas para alguns. Essa é a tristeza na alegria de ver estas fotografias que revelam, como diz a Maria, a "cidade possível". Obrigada!
Abçs
Esqueci dizer que "finalmente" percebi o "quarteto" blog e os nomes que se lhe associam. Não, não li, ouvi falar mas só agora fui vistoriar com olhos de ver.
A última Grande obra que li, há uns anitos, foi Em Busca do Tempo Perdido de Proust. Sinto que este "Quarteto" me fez falta...
A ver se me recomponho, num aniversário "pedindo" prenda com nome e tudo.
Inteiramente de acordo com o mundo que descreves e a mágoa dos ínvios caminhos (teu comentário no meu sítio). Talvez tenhamos passado uma outra forma futura de ver, a um, a dois...a alguns, talvez! Como diz J., tenhamos essa pequenina esperança.
Maria,não creio que seja a "cidade possível", outra seria bem possível, se para isso houvesse vontade política. Mas isso ia levar-nos a uma conversa noite fora!
GR, outros contrastes irei mostrando. E tens razão, lixo ´nas ruas há tb em Lx, mas nós procuramos sempre a perfeição, não é? E falta tanto a Maputo...
Bettips, esperança há sempre, mal de nós, mas a ganância é muita e o mundo está cada vez mais cão.
África é uma paixão que nos leva a visitá-la sempre que podemos,mas é tb uma revolta permanente, por causa das desigualdades,das injustiças, das prepotências.Irei contando mais, ao longo dos próximos dias.
E,como "dica", deixo-te o título do livro que mais me elucidou sobre África: "Ébano, febre africana", do R.Kapuscinski.Mais outra prenda de aniversário...
Quanto ao "Quarteto de Alexandria": tenho uma paixão enorme pelo L.Durrell e considero esta obra uma das mais importantes da literatura inglesa,sob o ponto de vista literário, além de ser apaixonante como retrato de uma cidade e de um tempo.
Há uns anos, tinha como projecto ter em casa o meu quarteto: um cão Baltasar e uma cadela Clea (que acabei po nunca ter), a gata Justine(que já morreu, mas que ainda choro)e o Mountolive, o meu Mounty, nosso companheiro de brincadeiras e de serões.
Obrigada pelo diálogo, bj
As fotos (estas, e não só), a legenda, os vossos comentários, são pitadas de lucidez, que tão escassa parece andar, embora, na verdade, o que escasseie seja outra coisa, seja humanidade porque prevalece a desumanidade, os interesses de uns poucos contra o interesse de todos.
Obrigado por estes bocadinhos...
Não tem nada que agradecer, a casa é sua, entre quando quiser...
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