ou nos olhos das rolas:
vão para o sul, procuram
a luz molhada das ilhas,
os minúsculos pés da chuva,
a crepitação do mar,
o cheiro juvenil da lenha
ainda verde e com resina,
a alma das pequenas praças,
os pardais, o sussurro das matinas.
.
(Eugénio de Andrade, in Rente ao Dizer)
(fotos cedida por Mia)
39 comentários:
Olá, Justine.
Aqui me refiro, muuuito especialmente ao conto da casa encantada. Pela estrutura, pela poesia, pelo tema, pela elegância, pela doçura, por tanta coisa mais que não sei dizer, deixo-te aquele abraço, com um ligeirinho brilho nos olhos...
Quantas recordações aliadas deste pôr-de-sol!!!E que bem ficam lembranças e imagens juntando o poema do EA. Até logo...
Belíssimo post. Apetece ficar. Olhar as imagens e beber as palavras.
Beijinhos
Por um intante, apetece ser núvem... nem que seja só para ir em busca da luz molhada das ilhas.
Descritas por Eugénio de Andrade, as nuvens adquirem uma dimensão surreal, ainda mais bela do que as fotografias lhe dão.
No limite do mar,
torvelinho de luz
nas águas trémulas;
ao longe,
na linha do horizonte,
suspensas, imensas,
em grandes copos,
as nuvens!
O céu em cúpula,
levantado,
em nuvens de fogo,
y de chuva...
Todo o meu afecto num grande abraço
Que mais se pode dizer sobre as nuvens?...
Um beijo grande.
mas que lindas nuvens.
Mas que maravilha de fotos a ilustrar com propriedade Eugénio de Andrade.
Um abraço
Ainda bem que as nuvens que apareceram na Festa eram como estas, de encantar!
Abraço
Olá Justine
Magnífica ilustração para a poesia -- sempre única! -- do EA
Bj
Fantástico este céu em chama a ilustrar este belo poema!
Também me encantam as núvens, nas suas formas e cores.
Beijinho e boa semana!
Que post tão bonito! Tudo! O literal e o simbólico. Gostei muito menina linda!
:)
Também gostei muito. E não queria deixar de o dizer. Mas confesso que andei umas horas a olhar para as núvens e elas descarregaram-me em cima - e de mais muitos milhares - a carga que traziam, ameaçadoras, e fiquei traumatizado!
Nem o E.A. me faz recuperar com a velocidade necessária para fazer um comentário que a qualidade (habitual) do post merece.
Quem é, que nunca se sentiu nas nuvens?
Nem que fosse por um instante?
abraço
Livres,as nuvens correm.~
Abraço deste lado do mar.
Lindo o texto e belas imagens...
Tão bom vir aqui ler voce!
Cheiro...
xD
Um sol acena.
Alegria e poesia, puras.
Se não fossemos nós a transmiti-las...só nos deixariam ouvir e ver o susto das guerras.
Bem voltados estamos para o presente: o poente é para admirar, as palavras para ouvir baixinho.
Lindo e calmante como uma tisana... J.!
(Bettips, esquecida a falar doutro lugar!)
Eugénio de Andrade, "lá nas nuvens" estará decerto feliz por teres associado um dos seus belos poemas a fotos tão belas.
Obrigado.
Beijinhos.
porque também a mim me apetece dançar...foi tão bom ler o que aqui nos deixaste adornado com tão bela imagem
beijos
Fantásticas as imagens, se o Eugénio fosse vivo de certeza que gostaria de ilustrar o seu poema com elas.
Huuuuuuuummmm!!!
que cheirinho bom a lenha ainda verde e com resina...
Voei...
Bjs
Estou de volta com um pedido de desculpa por não ter avisado que ia tanto tempo de férias. É visita rápida. Voltarei de novo para estar com tempo.
Vinha ver se encontrava o super gato....
Foi hoje a minha rentrée!
Beijinhos.
era o
princípio
do
mundo? :)
~
Foi bom reencontrar-te, a ti e ao teu sorriso! E ouvi dizer que fazes trancinhas... :)))
As nuvens, essas, só mesmo aquelas para onde me projecta a poesia de Eugénio...
bjs
Obrigado pela partilha.
Cumprimentos
Obrigado pela partilha.
Cumprimentos
Esse teu sorriso e olhar são também nuvens que tanto gostamos de ver.
Bjs,
GR
Especialmente bonita a presença das nuvens nos dois planos, o maior e o mais pequeno. Como se quisesses dizer simbolicamente que elas acompanham os homens nos seus passos pelo mundo. Um outro poema, o teu, ao lado do de Eugénio de Andrade. Assim leio o teu post de hoje.
Eugénio de Andrade continua a ser um dos meus eleitos
Vim ao sabor do vento e das nuvens de alguns blogues amigos...
Gostei. Muito.
Ando, há que tempos, para ler com mais rigor, Eugénio de Andrade. A obra completa, tenho-a lá em casa, mas...
Talvez seja agora!
Estou vivendo tudo o que descreve o poema, menos o mar. Tenho a Serra. Queres maior concentração de nuvens?
beijos de Pitanga
gosto da ilustração acompanhado pelo poema de Eugénio de Andrade.
cumprimentos
aqui sinto-me em casa amiga e muito bem acompanhado - lugar de chegar e ficar - demorar e namorar o conteúdo!!
beijão daqueles grandes :-)
Estive agora a ler e a ver com mais calma. Tocam-me os gatos mágicos, na tua versão doméstica ou na versão selvagem dos gatos do Rodrigo... E gosto das casas encantadas, com nespereiras e heras no terraço e cujo interior cheira a maçãs e a liberdade, a liberdade das aves irreverentes e das nuvens que dançam.
As imagens fantásticas ajudam-me a voar nas asas de um sonho. Que bom!
um piano a tocar, estas fotos, as palavras. apetece, de facto, ficar.
orbigado
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